Concessionária do Mineirão não abre mão de receitas previstas em contrato


O estádio do Mineirão, palco de jogos da Copa do Mundo, tem sido alvo de críticas do Cruzeiro e do Atlético-MG nas últimas temporadas. As reclamações são direcionadas à Minas Arena, concessionária que administra o estádio, e ao contrato firmado com o Governo de Minas Gerais. A situação levou os rivais a optarem, na maioria das vezes, pela Arena Independência em vez do Mineirão.

Em uma audiência pública realizada no dia 04 de abril, Samuel Lloyd, diretor comercial da Minas Arena, sinalizou que a concessionária não irá abrir mão das receitas previstas no contrato de Parceria Público-Privada (PPP) com o Governo de Minas. A empresa possui participação em bares, estacionamentos, renda de ingressos, áreas VIP e camarotes, o que tem gerado reclamações dos clubes.

Como mencionado por Lloyd, as portas do estádio estão abertas para os clubes, mas as datas devem ser compartilhadas e as regras da concessão estão claramente determinadas no contrato de PPP. O diretor afirmou que a Minas Arena não pode abrir mão de nenhuma receita, sob o risco de ser responsabilizada pelo estado de Minas Gerais.

Um Comitê de Esporte, Cultura e Lazer está agendado para o dia 20 de abril para discutir a utilização do Mineirão. Gabriel Lima, CEO do Cruzeiro, destacou em audiência pública que a não utilização do estádio para partidas de futebol seria uma violação do contrato entre Minas Arena e Governo de Minas.