Vitória contra as teorias conspiratórias


Salve nação celeste! Durante a onda de expulsões dos jogadores da equipe do Cruzeiro muito se especulou sobre o que acontecia no clube. O que mais se dizia era que os jogadores, irritados com o trabalho do técnico Adílson Batista, provocavam suas expulsões para derrubar o treinador.

Adilson Batista - Foto: VipCommÉ sabido que este tipo de complô existe no meio do futebol, pois ex-jogadores, técnicos e até atletas em atividade reconhecem esta prática. Todavia, era muito estranho imaginar o porquê de jogadores com histórias e objetivos individuais tão diferentes aceitavam esta prática.

Leonardo Silva, por exemplo, chegou ao Cruzeiro por indicação do treinador. Expulso duas vezes, mas uma injustamente e outra em lance que a falta era o único recurso. Longe de parecer intenção de perseguir o treinador. Jancarlos foi expulso por uma bola que bateu na mão claramente sem intenção. Mesmo assim, muitas expulsões foram justas e merecem ser analisadas com mais calma.

Bernardo e Diego Renan, dois jogadores que precisam mostrar seu valor e que só tem a perder derrubando o técnico que lhes deu oportunidade, foram expulsos infantilmente. Os dois vermelhos de Kléber, que para muitos estava vingando a injustiça cometida contra o Sorín na expulsão contra o Grêmio, são frutos da sua personalidade que todos sabem ser explosiva. Thiago Ribeiro, que deve agradecer a paciência do treinador mesmo com tantas críticas da torcida, pode não ter tido a intenção de acertar o adversário e, por fim, Jonathan, que é titular absoluto com Adílson, foi expulso pelo mesmo motivo que Bernardo e Diego Renan. Já ia me esquecendo de Fabinho que, quando foi expulso, foi impedido de manter a sequência de jogos que vinha tendo como titular.

Não se pode negar, no entanto, que eram expulsões demais. Algo estranho estava no ar e as tais teorias de que Adílson era o alvo do elenco até podiam fazer sentido. A vitória contra o Coritiba serviu para jogar a teoria por água abaixo. Se queriam derrubar o técnico, era só sofrer uma goleada que Adílson nem voltava de Curitiba. mas o time fez diferente.

O Cruzeiro jogou para cima. Jogou pela honra dos profissionais que atuam no clube e, por que não, para salvar o treinador. Ninguém foi expulso e o time venceu. As teorias mirabolantes não fazem mais sentido. O gupo provou que pode reagir no campeonato e que, para isso, conta com o trabalho de Adílson Batista a quem tiveram, e foi por muito pouco, a “oportunidade” de derrubar.