10 ago Valeu pelo emocional, já o futebol…

Como foi bom ver um toque de lucidez no meio de campo com Gilberto, pois os “homens de confiança” do Adilson, M. Paraná e Henrique deviam ser proibidos de passar do meio de campo tamanha limitação. Pra mim eles fazem parte da comissão técnica , tamanha a moral que eles têm jogando bem ou mal, na posição ou improvisados.

Após o jogo ontem contra o Coxa, fiz questão de ouvir as entrevistas para saber nas palavras dos jogadores e do treinador o efeito da vitória e me chamou a atenção duas falas: a primeira do M. Paraná dizendo precisar de um descanso devido à seqüência de jogos, e vem jogando mal fora da posição, mas parece estar jogando ali para dar lugar a outro volante que vem jogando como segundo homem, volante este que levou o terceiro cartão amarelo e para o meu espanto, na segunda fala ouvi nosso treinador lamentar o fato, o jogador que ele perdeu obviamente é Henrique, acho que o temor maior de Adilson é que vai ter que escalar Fabinho, jogador mil vezes melhor, e que está jogando bem, mas não está tendo chances reais com o treinador por motivos já citados e conhecidos, o estranho é que nosso treinador sempre diz que não é de ficar lamentando contusões e cartões.

Com relação ao jogo, o mesmo de sempre, começamos tomando sufoco, a cobertura nas costas dos laterais não funciona, Paraná joga adiantado e perdemos esta função, no meio Athirson não conseguia segurar a bola, não armava nada e não tem agressividade para dar combate, com isto perdíamos o meio e o Curitiba chegou algumas vezes com perigo, mas sempre pecando no último passe.

Passada a pressão inicial, começamos a manter a posse de bola (por que não desde o início?), mas sem penetração até o lance do pênalti que caiu do céu para nós. Foi assim até o intervalo, improdutividade total, sem criação, sem saber o que fazer com a bola.

Na segunda etapa foi visível a melhora do time com a substituição, Gilberto deu dinâmica e qualidade no passe final e com isto o Cruzeiro matou o jogo, pois os espaços apareceram e os gols também. Perdemos força com a entrada de Soares, os paranaenses vieram para cima, fizeram um gol e até ensaiaram uma pressão, pois nosso ataque já não mantinha a bola e o Coxa entrou com um jogador leve pela direita levando perigo para cima de Jonathan. Adilson corrigiu entrando com Fabinho que além de marcar, dá qualidade no passe e terminamos o jogo com o alívio de que se não mostramos um futebol convincente, ao menos a sorte voltou e ganhamos um jogo com 11 jogadores.

Pontos fortes do time: Terminamos com 11 jogadores; W.paulista fez o que tem que fazer gols (e saiu do jogo cuspindo marimbondo por ser substituído e com razão); Gilberto entrou bem, é diferenciado, pode fazer tanto quarto homem, quanto o terceiro, assim voltando Paraná para sua posição real.

Pontos fracos do time: Os volantes continuam os mesmos, alguns fora de posição e outros têm cadeira cativa no time sem mostrar futebol; T. Heleno continua inseguro e deu as costas para o atacante no lance do gol paranaense, pífio; Diego Renan precisa aprimorar a marcação, pois o lateral adversário ganhava todas que ia para cima; Soares entrou mal, não rendeu o que o treinador esperava, eu já sei o que ele pode render, muito pouco; Adilson não dá o braço a torcer e continua escalando errado, sorte nossa o Coritiba ser muito limitado e estar na situação que está.

P.s.: Além de ir contra as atitudes de nosso treinador, acredito que se ele der o braço a torcer fizer novamente o feijão com arroz da Libertadores, vai sair desta e brigar por vaga na mesma o ano que vem, só depende dele.

Gener Valvão, 34 anos, morador de Contagem, trabalha na área da construção civil diretamente com contrutoras. Desportista nato, acompanho esportes pelo mundo todo (graças a ESPN e Sportv), cruzeirense enraizado na família toda azul, contarrâneo dos Perrelas por parte de pai (São Gonçalo do Pará) e contarrâneo do vice Gilvan de Pinho Tavares por parte de mãe (Sabinópolis). Como foi quase jogador profissional, gosta muito e tem o tino de analizar e observar o jogo taticamente e estrategicamente falando, esquemas, posicionamentos, etc…sendo principalmente muito exigente comos pseudo- jogadores hoje em dia.