Treino de luxo? Parece, mas quero ganhar de novo


Contando com a partida de hoje, foram 17 partidas pelo Campeonato Mineiro, regadas a polêmicas, discussões, zumbidos e provocações. Ainda bem, senão seria tudo meio sem graça…
 
No fundo, no fundo, penso que o torcedor celeste não está nem aí se o Cruzeiro vai ser campeão invicto ou não. Não nos interessa ser líder de estatísticas como artilharia do campeonato ou primeiro turno. O que vale de verdade é ser campeão. É melhor bater no peito e dizer que vencemos campeonatos como a Libertadores de 1997 perdendo para todos os nossos adversários do que ser “vice-campeão brasileiro invicto contra um São Paulo que só sabia dar porrada”.
 
Mesmo não estando nem aí para ser invicto, quero vencer de novo, mesmo que seja por 1×0, gol sofrido de pênalti roubado e de preferência com a reclamação chorona da meia-dúzia de torcedores do “time do lado seco da Lagoa da Pampulha” que devem ir a campo hoje. Sim, meus amigos, contra “aquele time lá” eu quero vencer sempre – no futebol, no videogame, na purrinha, até no cuspe à distância. Rumo aos 12 jogos de invencibilidade. Com ou sem requintes de crueldade.
 
O time deve ir a campo com uma formação mista e que a torcida não se empolgue, os jogadores não falam, mas a cabeça deles já está no Chile. Aliás, já estou com a pulga atrás da orelha – Jorge Larrionda apita o jogo, ele é conhecido por ser um daqueles juízes bem caseiros mesmo, a diretoria e os jogadores têm que estar atentos.
 
NOTA FINAL: Quem lê minhas colunas sabe que eu não reclamo de um comentarista em especial, eu reclamo é da “atleticanização” da imprensa. Mas, com a licença dos leitores, uso este espaço para prestar minha solidariedade ao Bauxita, da Alterosa. Sábado à noite, em Divinópolis, estive lá para a Festa da Cerveja. Bauxita seria o segundo a tocar, depois de Wilson Sideral e antes de Ivete Sangalo. Ele tocou apenas duas músicas (muito boas, para quem gosta de um pop-rock) e teve que deixar o palco, muito puto, dizendo coisas como “nossa banda não é “top” e fazem algumas coisas dessas “. Ficou no ar a sensação de que tiraram ele à força. Foi uma das maiores sacanagens que vi em termos de meio artístico. Ver um cara como ele, que batalha para colocar sua banda num festival desses, e ter que abandonar o palco desse jeito, deve ser frustrante. Estou perplexo. O poder da mídia faz mais uma vítima.