Todos vacilam. Cabe ao Cruzeiro vacilar menos


Enfim a teimosia de Marcelo Oliveira teve bom resultado - Cruzeiro Esporte Clube - Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

É, Nação Celeste, tropeçar e perder pontos bobos não é exclusividade do Cruzeiro. Até aqui, todos têm se dado ao “luxo” de vacilar.

Ontem, mais uma vez, o Botafogo perdeu a chance de se isolar na liderança sofrendo o gol de empate no último minuto. Digo mais uma vez porque isso já havia ocorrido em outros dois confrontos, contra Flamengo e Atlético-MG. Sem falar no empate com o Goiás, também já perto do fim do jogo.

Quem também já andou escorregando neste campeonato é o terceiro colocado Coritiba. Perdeu em casa para o Vasco no dia 11 de agosto e, em seguida, quarta-feira última, empatou com a Portuguesa. E só empatou porque contou, no minuto final, com a ajuda do bandeirinha, que não viu impedimento de Bill.

E o Internacional, candidatíssimo à briga pelo título? Pois é, antes de conseguir o empate heroico contra o Botafogo, empatou, em casa, às duras penas, com o Atlético-PR. E o 3 a 0 que levou do lanterna Náutico na 9ª rodada? Tudo bem que foi em Recife, mas quem quer ser campeão tem de encarar uma derrota dessa como tropeço.

Enfim, se pegarmos o retrospecto de Corinthians e Grêmio, outros candidatos ao caneco, também veremos tropeços imperdoáveis.

Que bom, portanto, que perder pontos bobos não tem sido exclusividade do Cruzeiro. Isso nos mantém firme na ponta de cima. E mais: revela-nos que não somos diferentes de nenhum time. Nem para melhor, nem para pior.

Agora, não pode haver conformismo no grupo cruzeirense. Espelhar-se na performance dos adversários é o primeiro passo para o fracasso.

O mais inteligente diante dessa onda de tropeços é aproveitá-la. Só assim o time conseguirá acumular a famosa “gordurinha” para o momento mais tenso do campeonato, a reta final.

Ou, melhor, ser campeão, com rodadas de antecedência, disparado na liderança.

Construir esses cenários não é fácil, mas é plenamente possível.

Por que não?