Temendo pelas laterais do time Celeste


Temendo pelas laterais do time Celeste

Certos números do Cruzeiro “versão 2013” merecem ser ressaltados. Melhor aproveitamento do futebol brasileiro, único time da primeira divisão invicto e com um futebol que por diversas vezes empolgou a torcida, especialmente pela boa qualidade e movimentação imposta pelos meia-atacantes Celestes.

Mas se tem um setor que ainda não convenceu, foi a defesa. Nem tanto pelo miolo defensivo, que com a volta de Bruno Rodrigo, subida de produção de Léo e a chegada de Dedé, tem tudo para ser um dos pontos fortes na temporada. Porém os lados dessa defesa não inspiram muita confiança. Ceará e Mayke pela direita. Everton e Egídio pela esquerda. Será o suficiente?

Ceará já está na curva descendente de uma carreira vitoriosa e bem consolidada. É o titular na direita e foi trazido como solução. A condição física do jogador é uma interrogação. Nesse início de temporada, jogos apenas no fim de semana não são problema. Mas com a disputa do Brasileiro e a Copa do Brasil paralelamente, pouco se pode afirmar sobre o aproveitamento do atleta de três em três dias. Nessas horas é essencial ter no elenco um reserva eficiente, que no momento parece ser Mayke. Com apenas quatro partidas pelo profissional do clube, até o momento apresentou bom futebol. O que sinceramente, não quer dizer nada. Estadual não é parâmetro para nada e o jovem ala já mostrou no sub-20 não ser uma sumidade na marcação, até por ter sua origem como jogador de meio-campo.

Na esquerda, Everton é o titular. Particularmente, é um jogador limitadíssimo e que vive boa fase. Até quando durará esse momento, é outra incógnita. Talvez haja certa dose de perseguição, até porque não acredito que um atleta que se mostrou extremamente ineficiente por dois anos simplesmente “aprenda a jogar bola” da noite para o dia. Não confio nem um pouco na competência do camisa 23. Para tirar o sono, basta lembrar que o reserva é Egídio. Um jogador capaz de chutar o chão por três vezes consecutivas tentando fazer um mísero cruzamento, como pudemos observar na partida frente ao América-TO, na segunda partida do ano. Oscila essas pataquadas com algumas boas jogadas, como no gol de Borges frente ao Tupi, em que driblou vários adversários num contragolpe fulminante. Mas daí a confiar à titularidade é uma distância e tanto.

Em suma, não podemos nos deixar levar pelo oba-oba do bom início de torneio, para que todos estejam cientes de que estamos muito longe da perfeição. Nomes de Maicon e Cortês foram ventilados como alvos do time Azul, mas até o momento não passam de especulação. Reforços são necessários a todo momento, pois uma falha individual pode nos custar um trabalho bem executado por toda a temporada. Marcelo Oliveira, Alexandre Mattos e companhia limitada, parecem bem cientes do que fazer. Vamos aguardar, cornetar, comentar e principalmente torcer. O futuro é construído no presente. E segue muito promissor.