04 maio Temendo pelas laterais do time Celeste
Certos números do Cruzeiro “versão 2013” merecem ser ressaltados. Melhor aproveitamento do futebol brasileiro, único time da primeira divisão invicto e com um futebol que por diversas vezes empolgou a torcida, especialmente pela boa qualidade e movimentação imposta pelos meia-atacantes Celestes.
Mas se tem um setor que ainda não convenceu, foi a defesa. Nem tanto pelo miolo defensivo, que com a volta de Bruno Rodrigo, subida de produção de Léo e a chegada de Dedé, tem tudo para ser um dos pontos fortes na temporada. Porém os lados dessa defesa não inspiram muita confiança. Ceará e Mayke pela direita. Everton e Egídio pela esquerda. Será o suficiente?
Ceará já está na curva descendente de uma carreira vitoriosa e bem consolidada. É o titular na direita e foi trazido como solução. A condição física do jogador é uma interrogação. Nesse início de temporada, jogos apenas no fim de semana não são problema. Mas com a disputa do Brasileiro e a Copa do Brasil paralelamente, pouco se pode afirmar sobre o aproveitamento do atleta de três em três dias. Nessas horas é essencial ter no elenco um reserva eficiente, que no momento parece ser Mayke. Com apenas quatro partidas pelo profissional do clube, até o momento apresentou bom futebol. O que sinceramente, não quer dizer nada. Estadual não é parâmetro para nada e o jovem ala já mostrou no sub-20 não ser uma sumidade na marcação, até por ter sua origem como jogador de meio-campo.
Na esquerda, Everton é o titular. Particularmente, é um jogador limitadíssimo e que vive boa fase. Até quando durará esse momento, é outra incógnita. Talvez haja certa dose de perseguição, até porque não acredito que um atleta que se mostrou extremamente ineficiente por dois anos simplesmente “aprenda a jogar bola” da noite para o dia. Não confio nem um pouco na competência do camisa 23. Para tirar o sono, basta lembrar que o reserva é Egídio. Um jogador capaz de chutar o chão por três vezes consecutivas tentando fazer um mísero cruzamento, como pudemos observar na partida frente ao América-TO, na segunda partida do ano. Oscila essas pataquadas com algumas boas jogadas, como no gol de Borges frente ao Tupi, em que driblou vários adversários num contragolpe fulminante. Mas daí a confiar à titularidade é uma distância e tanto.
Em suma, não podemos nos deixar levar pelo oba-oba do bom início de torneio, para que todos estejam cientes de que estamos muito longe da perfeição. Nomes de Maicon e Cortês foram ventilados como alvos do time Azul, mas até o momento não passam de especulação. Reforços são necessários a todo momento, pois uma falha individual pode nos custar um trabalho bem executado por toda a temporada. Marcelo Oliveira, Alexandre Mattos e companhia limitada, parecem bem cientes do que fazer. Vamos aguardar, cornetar, comentar e principalmente torcer. O futuro é construído no presente. E segue muito promissor.