Ser ou não ser… #FechadoComOCruzeiro


Ser ou não ser... #FechadoComOCruzeiro

É com esse questionamento shakespeariano que inicio a crônica de hoje, porque sinto certa crise de identidade acometendo a torcida do Cruzeiro neste início de Brasileiro. Vamos começar a história desde o princípio para tentarmos juntos entender o que se passa na cabeça dessa gente.

Dois mil e treze, inicia em dois mil e doze quando a diretoria do clube começa anunciar as contratações para a formação do atual time. Em um negócio da China, ou das Arábias, o Cruzeiro repatria Diego Souza, que entra em litígio com o clube da terra dos shakes árabes por não receber salários e Diego é recebido como uma possível reposição à saída de Montillo. Chegam Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Egídio vindo do campeão da série B, Dagoberto, entre outros. Uma figura causa polêmica assim que anunciada: o ex-atleticano Marcelo Oliveira para o comando técnico.

A temporada começa e os números do Cruzeiro vão logo espantando qualquer dúvida sobre o trabalho do Marcelo que aos poucos foi dando cara ao time, que até o primeiro jogo da final não havia perdido nenhuma partida. Veio, então, o fatídico três a zero no jogo em questão e iniciou-se um movimento tal qual nunca havia sido visto no futebol brasileiro nas proporções em que ocorreu, denominado: #FechadoComOCruzeiro.

A China Azul demonstrou uma força de união e apoio tão intensa, que até o mais apaixonado torcedor rival precisou dar o braço a torcer e isso refletiu no time de uma forma tamanha, que nossos guerreiros foram contagiados, como era a intenção daquela manifestação.

Até aqui, tudo bem em nossa relação com o treinador. Começa o campeonato nacional e uma goleada acachapante de cinco tentos a zero deixa os oito milhões de cruzeirenses empolgados. Vem o jogo contra o Atlético Paranaense naquele mangue e o empate ficou de bom tamanho, dadas às condições da partida. De Curitiba para o interior do Rio de Janeiro, Volta Redonda, Estádio da Cidadania e começa a ventar no que até então era uma calmaria: Torcida versus Marcelo Oliveira.

Chegamos ao cerne da nossa questão! Quem a torcida do Cruzeiro quer ser? Aquela do “Fechado junto” ou essa que pede a cabeça do treinador por não concordar com algumas de suas decisões? Apenas gostaria que vocês considerassem uma situação: Nenhum time que sofreu troca de comando na era dos pontos corridos jamais foi campeão! Não vamos agir feito loucos como “Hamlet”, abrindo mão do movimento mais importante que vi nestes meus anos de vida, por causa de uma derrota circunstancial! Vamos continuar fechados com o Cruzeiro, pois o Marcelo e seu time são a melhor chance que temos em anos de alcançarmos o título Brasileiro. “Ser ou não ser?” Eu prefiro ser.

Saudações Celestes