15 fev Sem brilho e na marra, os 3 pontos vieram (Cruzeiro 1 x 0 Tupi, Campeonato Mineiro 3ª rodada)
Salve, guerreiros! O Cruzeiro esteve longe de brilhar nesta tarde/noite de domingo, no Mineirão, mas conseguiu vencer o Tupi por 1×0, em partida válida pela 3ª rodada do Campeonato Estadual. Se mais uma vez faltou padrão tático e a equipe parecia perdida em vários momentos do jogo, o triunfo nos coloca na briga pela ponta da tabela, em desvantagem apenas pelos critérios de desempate. Ainda há um longo caminho para que os comandados de Deivid transmitam alguma segurança para a temporada e um melhor acerto da equipe só aconteceu a partir da entrada dos meias Élber e De Arrascaeta, no segundo tempo, que participaram efetivamente do único gol do embate.
O jogo
Deivid anunciou durante a semana que armaria a equipe em uma tática similar àquela usada por Mano Menezes na última temporada. Entretanto, o que se viu em campo sequer lembrou as exibições daquela equipe. Sanchez Mino, que na teoria era o meia aberto pela direita, jogava centralizado e tentando aparecer por diversos setores do campo, muitas vezes embolando com Alisson, o meia esquerda. Rafael Silva tentava trombar no ataque e raramente ganhava alguma bola. Os laterais, Mayke e Fabiano, eram completamente inoperantes ofensivamente e o meio campo permitia espaço em demasia para o time de Juiz de Fora. O Tupi finalizou mais que o Cruzeiro na primeira etapa, mas ninguém levou efetivo perigo ao gol inimigo.
Para piorar (ou melhorar), o lateral Mayke sentiu lesão ainda no primeiro tempo e foi rendido por Fabiano. O camisa 2 entrou melhor em campo, ao menos mostrando mais disposição. Ariel Cabral e Henrique não passaram de discretos, mais uma vez, e Marcos Vinícius tinha grandes dificuldades para criar, sempre segurando a bola em demasia ou tentando um drible a mais. A substituição do amarelado Ariel por Élber, no início da etapa complementar, melhorou o time celeste, que passou a ter alternativas para tabelas dos dois lados. O cartão de visitas de Élber foi um cruzamento no segundo poste, que Fabrício antecipou a zaga e cabeceou no travessão.
O Tupi entrincheirou-se na defesa e o Cruzeiro cresceu, tentando pressionar e marcar o gol de qualquer jeito. As jogadas pelas pontas saíam bem, mas o cruzamento era sempre interceptado pela defesa. Quando a bola passou pela zaga, Élber furou na frente do gol. A partir da entrada do uruguaio De Arrascaeta, na vaga de um já desgastado Marcos Vinícius, as chances tornaram-se mais cristalinas. E o gol veio, aos 28 minutos do segundo tempo, quando o camisa 10 recebeu boa bola na frente da zaga, ganhou de Sidimar na corrida, driblou o goleiro Glaysson, mas ficou sem ângulo. Inteligentemente, o uruguaio cruzou para trás e Élber cabeceou todo torto para o gol. O meio campo Ygor, poderia ter afastado a bola, mas felizmente se atrapalhou no domínio e viu a pelota passar entre suas pernas, para alegria dos pouco mais de 9 mil presentes ao gigante da Pampulha.
A partir daí, o que se viu foi um jogo morno, sem oportunidades reais de lado a lado, até o apito final. O grande motivo de preocupação é ver a nula evolução da equipe mesmo tendo passado 10 dias sem entrar em campo, o que preocupa muito para os próximos desafios da temporada, que serão frente a adversários bem mais qualificados. O Cruzeiro volta a campo nessa quarta-feira (17), para encarar o Fluminense, no Mineirão, pela 2ª rodada da Primeira Liga.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1 X 0 TUPI
Motivo: 3ª rodada do Campeonato Mineiro
Data: 14/02/2016 (domingo)
Local: Mineirão, Belo Horizonte-MG
Árbitro: Wanderson Alves de Souza
Público: 9.102 pagantes
Renda: R$ 244.317,00
Gol: Élber aos 28 minutos do segundo tempo
Cruzeiro: Fábio; Mayke (Fabiano), Dedé, Manoel e Fabrício; Henrique, Ariel Cabral (Élber), Marcos Vinícius (Arrascaeta), Sánchez Miño e Alisson; Rafael Silva
Técnico: Deivid
Tupi: Glaysson, Osmar, Sidimar, Fabrício Soarese Thiago; Vinícius Kiss, Filipe Alves, Recife (Romário) e Rafael Jataí;William Kozlowski (Ygor) e Michel Henrique (Michel Douglas)
Técnico: Ricardo Drubscky
Cartões amarelos: Ariel Cabral e Henrique (Cruzeiro); Fabrício Soares (Tupi)
Por: Emerson Araujo