Saindo das Quatro Linhas: O caso Roger


O maior freguês do Cruzeiro, está tentando uma manobra de bastidores para tirar o jogador Roger das finais do Mineiro, conforme matéria do Jornal O Tempo. 

Roger é um jogador de extremos. Um atleta que alterna de uma partida incontestável para outra totalmente apagada jogo a jogo. Cabe ao torcedor ama-lo ou odiá-lo.

No auge dos seus mais de trinta anos, dá-se ao luxo de dizer que o treinador deve poupá-lo nos jogos menos importantes para utilizá-lo nas decisões. Fala inclusive com certa propriedade, pois a cada jogo importante que o meia entra, escreve uma história importante com o Manto Celeste.

No jogo contra o time de Vespasiano, válido pela penúltima rodada do mineiro, Roger foi de um extremo a outro. Fez um bom jogo e ajudou o Cruzeiro a empatar na segunda etapa, porém, em uma atitude antidesportiva agrediu Danilinho.

A jogada em si, gera muita polêmica e discussão, indiscutívelmente Roger merecia ser expulso. Mas o ato isolado não revela a totalidade dos fatos acontecidos no jogo.

Desde o início da partida, o árbitro deixou que o monotítulo mineiro batesse “a torto e a direito”. Vamos lembrar que no primeiro minuto de jogo, o mesmo Danilinho literalmente mandou Montillo para cima, em uma entrada dura e descabida, que sequer foi assinalada como falta pelo conivente árbitro. Pierre foi outro, que durante toda a partida distribuiu pontapés, muitos não marcados pelo juiz, que apenas o expulsou no final do jogo.

Todas estas faltas serviram para enervar os jogadores celestes, que entraram no segundo tempo para acabar com a farra. Chegaram junto, entraram duro também. Não estou justificando o lance de Roger, apenas quero mostrar que a situação toda foi causada pelo árbitro que fez vistas grossas às jogadas violentas do time atleticano.

Agora, o Clube Atlético Mineiro, busca uma ação no Tribunal de Justiça Desportiva – MG, para acelerar o processo de julgamento do meia, que conseguiu o famoso efeito suspensivo. Desta forma, até segundo julgamento, o jogador está liberado para disputar as finais do Campeonato Mineiro.

Esta é uma  atitude de medo do Atlético, “ex-Grande clube brasileiro”, que mostra receio de enfrentar Roger nas finais. Um trauma de várias partidas onde o meia, sempre decisivo.

Roger gosta de jogos importantes, sempre é peça fundamental nas partidas decisivas do Cruzeiro, desde que chegou ao clube. Inclusive vale lembrar que sua estreia foi em uma partida fantástica, onde ele fez de tudo, inclusive pegar emprestado a Cabeça do Rapozão para “Correr para a galera”.

Cabe ao TJD-MG, ter peito e coerência, não se deixando trabalhar por pressões externas, conchaves ou jogadas de bastidores. A pauta do caso Roger, não é mais importante que as outras que já existem na casa, sendo assim, não deve ser julgada em uma sessão extraordinária ou ser adiantada na pauta de julgamentos do tribunal.

O pedido de efeito suspensivo, pleiteado e conquistado pelo Cruzeiro é legítimo e de direito único. O jogador, após o novo julgamento, cumprirá integralmente a pena imposta pelo tribunal esportivo mineiro. Porém, não deve ser clubismos, bairrismos, pressão de um presidente que fala demais e faz pouco, ou de magistrados com simpatia pelo time rosa os expoentes determinantes para se adiantar este causo na pauta.

Repito uma vez mais, o Clube Atlético Mineiro está simplesmente, em uma atitude vergonhosa, de pura covardia, tentando tirar um jogador adversário das últimas rodadas da competição. Pois sabe que este pode ser decisivo numa possível final.

E você leitor do Guerreiro dos Gramados, qual sua opinião sobre o assunto?

Um filho GUERREIRO não foge à luta. Avante nação azul.

Um abraço a todos!

Fonte: http://www.otempo.com.br/esportes/ultimas/?IdNoticia=56410
Foto: Douglas Patrício