Sai Fernandinho; entra quem?



Fernandinho vai parar de 6 a 8 meses. A torção no joelho, sofrida pelo jogador na partida contra o Tupi, pouco depois de substituir Sorín, no intervalo, foi mais grave do que imaginavam os médicos do Cruzeiro. Houve ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo , lesão que parece perseguir os atletas celestes nesta década. De 2000 pra cá, foram 15 lesões desse tipo, todas com necessidade de intervenção cirúrgica. 

Alguns jogadores, como Kerlon e Sandro, sofreram dessa mal mais de uma vez. Seria azar ou falta de cuidado com jogadores por parte dos fisiologistas do Cruzeiro? Uma questão difícil de ser respondida sem o devido conhecimento do tipo de preparação e causa de cada lesão. Por hora, limito-me a comentar outra indagação. Como faremos para suprir a ausência de Fernandinho? 

Mesmo contestado por muitos, o lateral é importantíssimo para o Cruzeiro. Suas boas jogadas pelo setor esquerdo, combinadas com Wagner, Ramires e Thiago Ribeiro, renderam bons frutos à nossa equipe. Apesar de um alto índice de passes errados, o que é explicado pela dificuldade e importância dos passes que tenta, Fernandinho era referência no time, por sua experiência e participação nas cobranças de bolas paradas. Ele era, por exemplo, o batedor oficial de pênaltis do Cruzeiro em 2009. Será difícil substituir à altura nosso camisa 6, principalmente pela escassez de opções válidas. 

O normal seria a estrada de Sorín, jogador natural da posição, entretanto, o argentino ainda não se encontra em condições físicas suficientemente boas para assumir de vez a posição. Sorín ficou quase um ano sem jogar uma partida oficial. É preciso cautela para lançá-lo de novo no time. Enquanto não podemos contar com nosso eterno ídolo por inteiro, a provável escolha de Adílson é a improvisação de Marquinhos Paraná na esquerda, promovendo a entrada de Henrique no meio. Uma opção ousada e que não tem retrospecto favorável. As vezes que contou com o volante improvisado na lateral, o Cruzeiro não teve grande sucesso, como nos jogos contra o Sport, em Recife, e Boca, em Belo Horizonte, ambos em 2008. A última opção é Gerson Magrão, também improvisado no setor, como Adílson já fez em 2009. Muito pouco provável, principalmente nos jogos mais importantes, já eu Gerson não é um jogador de características defensivas. Desconsiderei a possibilidade da improvisação de Jonathan na esquerda, tendo em vista sua ótima fase na lateral direita, sua posição de origem. 

Como era previsto, as adversidades estão aparecendo diante de nós. A lesão de Fernandinho é, infelizmente, uma realidade que deve ser superada. Seja qual for a opção de Adilson Batista, nós, torcedores, temos que ser pacientes. Não podemos queimar nenhum jogador que entre no setor.

Vamos apoiar os Guerreiros dos Gramados rumo ao Tri da América, afinal, Nossa Torcida, Nossa Força!