Reeditando zagas campeãs? Victorino e Cribari


No Cruzeiro, as duplas de zaga sempre se destacaram nos times campeões. Desde o primeiro titulo de expressão, em 1966, os zagueiros sempre ficaram na memória do torcedor,  se tornando destaque na grandiosa história da Raposa. Gélson Baresi, Célio Lúcio, Wilson Gottardo, Edu Dracena, Cris e Luizão são alguns desses que tive a oportunidade de ver vestindo o manto estrelado.

Para os mais velhos, uma dupla que se destacou, conquistando um memorável titulo, foi Willian e Procópio, jogadores considerados por muitos da época como os maiores que já vestiram a camisa azul e branca. Willian e Procópio a dupla responsável por segurar nada menos do que Pelé e Toninho, do até então imbatível Santos de 1966.

Foto: VipCommJá na minha época destaco os xerifes Wilson Gottardo, campeão da Libertadores de 1997, e o zagueiro Cris, guerreiro celeste, campeão brasileiro de 2003, formando a minha defesa de todos os tempos que vi jogar, não ficando para atrás o zagueiro Célio Lúcio, sinônimo de um bom futebol que deixou saudades na Raposa campeã da Copa do Brasil de 1996.

Opinião dos torcedores:

Gélson Baresi e Célio Lúcio – 96 Copa do Brasil

“Uma boa dupla de zaga, principalmente para a época. Célio Lúcio, criado em casa, tinha sangue azul, e Gelson Baresi veio do sul (Paraná, eu acho), a velha escola de grandes zagueiros. Foram verdadeiros guerreiros do gramado. Jogaram por um longo tempo no Cruzeiro, sempre honrando o manto estrelado”, disse Tito Soares.

O torcedor ainda formou a sua defesa de todos os tempos, com Cris e Procópio. “Zagueiros guerreiros, pegadores (sem violência), era difícil passar por eles. Ou a bola ficava ou o adversário, mas sem violência, passando mais confiança aos seus goleiros”, explicou.

Gélson Baresi e Wilson Gottardo – 97 Libertadores

“Wilson Gottardo era um ótimo zagueiro. Foi um zagueiro vitorioso e, quando veio para o Cruzeiro, lembro que meu pai me falava: “agora o Cruzeiro tem tudo para ser campeão! Faltava esse zagueiro ao time!”. E foi o que aconteceu: Cruzeiro campeão de 1997 – e só não foi campeão do Mundial porque o Perrela resolveu contratar os “medalhões” e deixou alguns jogadores que tinham vencido a Libertadores de 97 fora do Mundial!” Luiz Gustavo, estudante.

Para o torcedor, a melhor dupla de zagueiros que viu dentro de campo foi formada por Luizão e Cris. A dupla foi campeã de tudo que disputou em 2003.

Edu Dracena, Cris e Luizão – 2003 Campeonato Brasileiro

O torcedor e estudante Ângelo Gonçalves classificou esse trio como “uma das melhores zagas da história do Cruzeiro, responsável direta, depois de Alex, pela conquista da Tríplice Coroa. Foi uma zaga que todos os centroavantes temiam, pela dificuldade em ultrapassá-los. Até o meio de campo do Cruzeiro era beneficiado por ela, pois, se o meio falhasse, essa defesa cobria as suas falhas, e já ligava o contra ataque imediatamente, com Alex, eterno 10”.

O torcedor classificou esse mesmo trio como o melhor de todos os tempos. “Uma zaga que mistura técnica (Luizão), garra (Cris) e categoria (Edu Dracena)”.

Futura zaga celeste

Depois de ver grandes feras vestindo a camisa celeste, agora o torcedor tem a oportunidade de rever uma nova grande dupla na defensiva celeste: Victorino, xerifão da seleção uruguaia, poderá ter como dupla no seu retorno da seleção o forasteiro Cribari, que jogou 13 anos na Itália e foi contratado junto ao Nápoli. O jogador chegou confiante e disposto a conquistar o torcedor cruzeirense com um futebol moderno, misturado com a essência do futebol brasileiro.

“Chutão é a diferença da maioria dos zagueiros no Brasil e o que aprendemos na Europa. Na Europa, a maioria dos chutões são vaiados. Aqui eu já percebi que a torcida gosta. Aprendi a ser um zagueiro mais limpo, sair jogando. Vou ter que me adaptar. Tentar mesclar as duas coisas, aproveitando as minhas características naturais, mas também fazendo aquilo que o futebol brasileiro pede”, afirmou Cribari.

Resta ao torcedor esperar e torcer para que essa nova dupla conquiste títulos e caia nas graças do torcedor celeste, dando muita alegria a essa imensa China Azul.

Vamos, vamos, Cruzeiro..