30 abr Querem acabar com a magia do futebol!
Fala nação de Guerreiras e Guerreiros! Quanta alegria em me juntar hoje à equipe do “Guerreiro dos Gramados”, dividindo o espaço com tantas feras. Vamos promover aqui um bate papo descontraído sobre futebol e principalmente sobre o Cruzeiro. Fiquem a vontade para discordar e expressar suas opiniões, afinal “A UNANIMIDADE É BURRA!”.
Antes do pontapé inicial, vou me apresentar: Giane Alves, mineirinha de 22 anos, Bacharel em Comunicação com Habilitação em Relações Públicas e Cruzeirense APAIXONADA since 1921. O restante vocês descobrem com o tempo.
Vamos colocar a bola para rolar e discutir um tema muito polêmico que foi levantado após o clássico, a comemoração do Kleber. Após marcar o primeiro gol do Cruzeiro, o Gladiador correu imitando uma galinha, como havia feito anteriormente o também cruzeirense Paulinho Mclaren, e depois esfregou os olhos imitando um “chorôrô”, marca registrada do ex-Palmeirense Valdívia. O árbitro da partida julgou que a atitude de Kleber foi provocativa e puniu o jogador com um cartão amarelo, o que daria fim ao problema, correto? Errado! Desde então a mídia tem discutido exaustivamente essa questão, crucificando o atacante celeste. Argumentam que esse tipo de atitude pode vir a ser o estopim para a violência no futebol. Será?
Lembro-me que outrora jogadores como Viola, Donizete Pantera, Edmundo, Romário, entre outros, sempre comemoraram seus gols de forma irreverente e não sofreram tamanha perseguição. Seguiram suas vidas no futebol e por ironia do destino vieram a vestir a camisa dos clubes que anteriormente foram alvo de suas gozações. Se antes isso era permitido, porque hoje alguns comentaristas e torcedores repudiam de forma tão veemente essas brincadeiras? Que crime o Kleber cometeu para ser tão duramente criticado e até mesmo ameaçado de morte? Por que não condenam da mesma maneira os Domingos, Leandros, Renans, que praticam o anti-futebol?
Só vejo uma resposta para todas essas perguntas: querem acabar com a magia do futebol. Tudo que até ontem era tido como belo, hoje é visto com desprezo. Os dribles, as belas jogadas que consagraram tantos craques hoje é alvo de críticas e punições. Enquanto isso, a violência nos gramados cresce assustadoramente e os brutamontes que antigamente sequer fariam parte do elenco dos grandes clubes agora são intocáveis. O gol, momento maior do futebol, perdeu seus encantos. Já as botinadas, cusparadas, entradas desleais parecem cada vez mais comuns, e até de certo ponto aceitáveis.
As brincadeiras do futebol não podem desaparecer, é isso que traz alegria aos torcedores. Sei que não é fácil quando a gozação nos atinge, mas isso não é motivo de acusações, ameaças e revoltas, pois certamente o jogo vira e amanhã os que foram alvos das brincadeiras serão os autores das mesmas. E assim nossa vida segue, torcendo pelo dia em todos entenderão que a violência e o esporte são dois opostos, e diferentemente da famosa expressão eles não se atraem.
“Cruzeiro – Até no céu por ti eu vou cantar!”