Quem foi o protagonista?


Quem foi o protagonista? - Foto: Yuri Edmundo / Gazeta Press

Salve Guerreiros. Mineirão lotado, mais de 48 mil guerreiros apaixonados pelo Cruzeiro esperando uma festa. A entrega da taça de Campeão Brasileiro, merecidamente conquistada pela raposa. O maior time de Minas Gerais poderia e deveria ser protagonista da partida, não foi.

A China Azul que lotou o estádio e cantou durante todo jogo e depois dele, deu um espetáculo a parte nas arquibancadas. Apoiou nossos Guerreiros dos Gramados até quando o placar não nos favorecia, deveria ter sido a protagonista, não foi.

A taça, brilhante, reluzente taça, escoltada por duas belas seguranças, pousava ali em seu pedestal, impávida e quase ansiosa para ser erguida pelo capitão Fábio, aguardando a apoteótica volta olímpica em um lindo Mineirão onde fogos coloridos iluminaram a brilho prateado dela deveria ter sido a protagonista, não foi.

Onze guerreiros trajando seu manto azul desfilaram seu futebol envolvente de muitas oportunidades perdidas durante noventa minutos. Eles mais que todos acima citados deveriam ter sido protagonistas, não foram.

A pessoa que tem menos credenciais para ser o protagonista, aquele que quanto menos aparece mais sucesso faz, aquele que deveria passar desapercebido, como um coadjuvante importante, digo, como um figurante… Esse decidiu ser o protagonista da partida estragando parte da festa que estava preparada para a taça, para onze guerreiros trajando o manto estrelado, para a China Azul. Sim senhor juiz, o senhor não deveria se sobressair, deveria atuar nas sombras, talvez por isso seu uniforme seja preto, para que o senhor não seja notado como hoje o senhor foi.

Parabéns por sua atuação patética, deprimente, capaz de colocar a única mancha em um espetáculo onde os protagonistas deveriam ter sido outros.