Quatro volantes e Paraná com a 10?


Jogando com quatro volantes e Marquinhos Paraná com a camisa 10, o Cruzeiro foi goleado no Olímpico em Porto Alegre, por 4 x 1 na noite deste domingo, jogo válido pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro 2009.

Com o resultado o time ocupa a 15ª colocação, com um jogo a menos.

Adilson é um covarde tanto na escalação de time pequeno quanto no que fez com Bernardo, aquilo era hora de colocar garoto no jogo? Se ele não serve para jogar com onze, com nove e perdendo ele vai resolver então?

02.08 - Marquinhos Paraná, volante - Foto: VipCommPara falar diretamente sobre o jogo, quando Jonathan foi expulso, justamente, diga-se de passagem, o Cruzeiro não tinha incomodado em nada o time do Grêmio, não tínhamos armador, havia um buraco entre o ataque e os meias, e mesmo assim os gaúchos conseguiam chegar como sempre nas costas de nossos laterais e o Cruzeiro com quatro volantes. Marquinhos Paraná está em total declínio proporcionalmente o quanto mais joga adiantado, não acerta passes em direção ao gol, é lento no raciocínio e não tem habilidade para uma jogada individual, então fica perdido. É impressionante, mas chegamos com mais perigo na área adversária quanto estávamos com um jogador a menos, a que se deve isto? Parece que o time abandona o esquema covarde e cria mais coragem para atacar, é psicológico mesmo, totalmente avesso ao pensamento do treinador que pensa pequeno.

Passamos ilesos pelo bombardeio dos gremistas após a entrada de mais um atacante gaúcho, Fábio como sempre salvando, e em um lance isolado, achamos um gol na penalidade infantil cometido pelos tricolores, bem cobrada pelo centroavante cruzeirense, e a primeira fase terminou com imenso saldo para o Cruzeiro.

Na segunda etapa era de se esperar uma pressão muito forte e ao mesmo tempo espaços nos contra-ataques, jogada que parece ser a única de nosso time quando jogamos com um time de maior expressão fora de casa, é medo demais, mas nem começou o segundo tempo perdemos mais um jogador, e aí a situação ficou crítica, era questão de tempo levarmos o gol, pois os milagres, Fábio já tinha feito no primeiro tempo. E aconteceu a virada, não tinha como reagir, mesmo com o time gremista sendo muito limitado, a desvantagem era muito grande e o pessimismo de quase todos cruzeirenses que conversei que antes da partida tinham na convicção que sem Kleber o Cruzeiro perdia muito, e a chance de Adilson escalar quatro volantes era eminente se confirmou.

Pontos fortes do time: Soares ao menos voltou com o mesmo pique, não perdeu tanto assim a velocidade que lhe é peculiar, ainda faltando-lhe muita qualidade técnica.

Pontos fracos do time: Adilson Batista como sempre, entrou para empatar ou ganhar como time pequeno, em um contra-ataque, e quem entra com medo de vencer, quase sempre sai derrotado; Jonathan mais uma vez demonstra falta de maturidade, é o espelho do treinador que o comando, vide a declaração de Kleber após marcar o gol na quarta passada, sendo solidário a Sorín onde todos sabem o resto da história; Henrique e Paraná foram pífios, o último erra passes em direção ao gol com uma facilidade impressionante e o outro é limitado por natureza e às vezes acerta um chute de fora da área e só; Fabrício continua lento; Magrão está errando em demasia e por último, Thiago Heleno precisa de uma sombra no banco, urgente.

P.s.: Independente da situação eu continuo esperando o dia em que verei o Cruzeiro jogar com apenas dois volantes e dois meias, ou três atacantes, e nem precisa entrar em campo ofensivo assim, para não ser muito exigente, o time pode estar perdendo que aceito, pois contra o Estudiantes, estávamos perdendo, saiu um atacante e entrou outro, e acabamos o jogo com mais uma substituição a fazer e o time com três volantes, um lateral improvisado de meia (Athirson), e dois atacantes, será que ninguém avisou ao Adilson que 2 a 1 dava os argentinos? Estou sentado esperando ver o Cruzeiro grande novamente.

Gener Valvão, 34 anos, morador de Contagem, trabalha na área da construção civil diretamente com contrutoras. Desportista nato, acompanho esportes pelo mundo todo (graças a ESPN e Sportv), cruzeirense enraizado na família toda azul, contarrâneo dos Perrelas por parte de pai (São Gonçalo do Pará) e contarrâneo do vice Gilvan de Pinho Tavares por parte de mãe (Sabinópolis). Como foi quase jogador profissional, gosta muito e tem o tino de analizar e observar o jogo taticamente e estrategicamente falando, esquemas, posicionamentos, etc…sendo principalmente muito exigente comos pseudo- jogadores hoje em dia.