Quatro obstáculos para o Tri da Libertadores


Dentro do Cruzeiro, quatro problemas fundamentais que podem “melar” o Tri da Libertadores – resta saber “quem vai pôr a mão na massa” e mudar esta história.
 
1- Treinar melhor os atacantes. Tirando o Kléber, TODOS os atacantes do Cruzeiro finalizam mal. O gol que o Carlinhos Bala fez no Fábio, o Thiago Ribeiro poderia ter feito um igual e perdeu bisonhamente. Se ele está assim, melhor nem falar dos “menos habilidosos” Wellington Paulista e Wanderley. Zé Carlos ainda não foi testado direito e Soares está lesionado – estes dois ainda têm UM POUCO de crédito.
 
2- Recuperar o futebol do Fabrício. Nosso camisa 5 era um dos destaques em 2008, mas em 2009 está jogando mal, erra passes fáceis, mal fisicamente e tem muitas expulsões. Até o Henrique – vejam bem, o HENRIQUE – está jogando com mais regularidade e seriedade. Uma vez Fabrício disse que “o Cruzeiro não é isto tudo”. Ele está certo, mas não pode se esquecer que ELE É UM DOS RESPONSÁVEIS POR ISTO.
 
3- O medo de “jogar fora de casa”. Dentro do Mineirão, jogando no esquema tradicional, metemos medo nos adversários. Fora de casa, enchendo o time de volantes, os adversários fazem a festa. E não me venham dizer que “goleamos o Tupi por 7×2 jogando com quatro volantes”. Comparar Tupi com time de Libertadores é pensamento de time pequeno.
 
4- Espírito campeão. Para vencer uma Libertadores ou um Brasileiro, mais do que se preocupar em “anular o adversário”, temos que, principalmente, fazer o contrário – JÁ QUE SOMOS BONS, DEIXA QUE OS OUTROS SE PREOCUPEM COM NOSSAS QUALIDADES, jogando em qualquer lugar, contra qualquer time. Duvido que o Alex Ferguson, técnico do Manchester United, tire o Cristiano Ronaldo ou o Rooney para colocar mais volantes e zagueiros só porque vai enfrentar o Barcelona de Henry, Eto´o e Messi.

Jogadores bem treinados, recuperar atletas em baixa, usar o mesmo esquema tático dentro e fora de casa, com atitude de vencedor. Com estes ingredientes, e junto com a nossa torcida guerreira, o caminho para o Tri está na nossa frente. Sem estas soluções, é fazer papel de coadjuvante mais uma vez – o que torcedor do Cruzeiro não aceita mesmo.