Quando o “simples” faz a diferença


Três mudanças foram suficientes para mais uma vitória. Bastou colocar um companheiro para Montillo no meio, um centroavante decente e um atacante de velocidade, para o time jogar melhor e vencer. Não precisa inventar, é só fazer o óbvio.

Amigos leitores, não sei se Celso Roth finalmente “caiu na real”, ou se está “ouvindo as vozes das arquibancadas”. Só sei que, após uma partida desastrosa e medíocre contra o Corinthians, o Cruzeiro voltou a vencer.

Não que o Cruzeiro tenha feito uma partida sensacional contra o Palmeiras, mostrando o futebol empolgante e avassalador que a torcida gosta de ver em campo. Longe disto – vencemos porque fomos melhores e merecemos o resultado positivo, mesmo com alguns “erros” de arbitragem.

“Erros”, entre aspas mesmo, porque no primeiro gol, a falta em Montillo foi “um pouco” fora da área, e Wallyson estava “um pouco” adiantado quando cruzou para Borges finalizar. Mesmo assim, foram lances rápidos e estes “erros” podem perfeitamente entrar na famosa regra do “na dúvida, em favor do gol”.

A maior diferença do time ontem, com certeza, está na escalação acertada da equipe. Com a entrada de Tinga no meio de campo, Montillo ganhou duas vezes – teve mais um companheiro para a armação de jogadas, e mais liberdade para jogar, porque a marcação do adversário ficou dividida entre os dois, que tiveram atuação destacada.

E no ataque, uma diferença absurda de qualidade. Colocar um atacante de velocidade, no futebol atual, faz toda a diferença. Mesmo ainda não sendo o “Wallyson da Libertadores 2011”, ele foi importante em vários lances, porque também puxava a marcação – os defensores do Palmeiras jamais deixariam um velocista jogando sem a devida cobertura.

Isto sem contar Borges, atacante que sempre foi muito eficiente, goleador nos times onde passou e artilheiro do Brasileirão de 2011. Ontem ajudou bastante no comando do ataque, fez um gol de pênalti, chamando a responsabilidade pela cobrança num momento importante, mas também colocou a bola na rede, antecipando-se aos zagueiros adversários – assim como fez contra o Flamengo.

Estou destacando isto porque, finalmente, e para o bem do Cruzeiro, Wellington Paulista foi para o banco de reservas. A torcida não aguentava mais aquele futebol de muita briga, muitas faltas, muitas bolas perdidas e muita reclamação, poucos gols decisivos, poucas jogadas decentes e pouco resultado.

Se Wellington Paulista “colocar a mão na consciência” e resolver mudar, ele ainda pode ser importante para o elenco, ao longo do ano. Se continuar “emburrado” com a reserva, para mim pode tirar até do banco, porque Anselmo Ramon, pra mim, é muito melhor nas jogadas de pivô, importante neste esquema de Celso Roth.

Finalizo a coluna de hoje dando os parabéns a Victorino, que jogou uma excelente partida ontem na defesa, marcando muito bem Barcos, atacante palmeirense que, mesmo sendo mais alto, perdeu todas as disputas pelo alto.

Nesta semana, apareceram notícias sobre a insatisfação do xerife uruguaio, porque estaria na reserva. Prezado Victorino, você estava no banco porque, há mais ou menos um ano, sempre que você entrava no time, não jogava bem. Se você jogar como ontem, meu caro, você é titular desta defesa do Cruzeiro “com um pé nas costas”. Que ontem seja a primeira partida do seu retorno triunfal à defesa celeste.

Hoje, 21hs(AO VIVO), no Guerreiros em Debate, vamos discutir sobre tudo que aconteceu na partida, e ainda teremos a presença do convidado especial Emerson Ávila, treinador da Seleção Brasileira Sub-17. O Guerreiros em Debate é o programa que fala diretamente para o Torcedor Cruzeirense. http://radio.guerreirodosgramados.com.br

Abraços a todos.

Foto: VipComm