Qual a culpa do treinador?


Salve nação celeste! Nas minhas colunas muitos aparecem para criticar o trabalho de Adílson Batista. Há muito eu não me posiciono sobre este assunto, mas acho que hoje após a derrota para o Atlético-PR é necessária uma reflexão sobre o assunto.

Adilson Batista - Foto: VipCommLembremos do jogo. O Cruzeiro entrou em campo sem Thiago Heleno, Thiago Ribeiro e Jonathan que estavam suspensos após a partida contra o Grêmio. Gérson Magrão, negociado, foi desfalque de última hora, fora os jogadores que ainda seguem em tratamento médico como Wágner, Fernandinho, Gustavo e Léo Fortunato. Contem quantos jogadores estão nesta lista. Exatamente 8, o número de jogadores de linha que encerraram a partida contra o Atlético-PR.

O Cruzeiro entrou em campo com Fábio, Elicarlos, Leonardo Silva, Gil e Athirson; Henrique, Fabrício, Marquinhos Paraná e Bernardo; Kléber e Wellington Paulista. Com tantos desfalques foi necessária a improvisação de um volante na lateral direita, a estreia de um zagueiro que chegou ontem e a escalação de um lateral-esquerdo e um meia-armador que raras vezes atuaram desde o início na temporada. Não é possível imaginar entrosamento entre estes atletas, já que esta formação era inédita e envolvia uma combinação de atletas que não costumam atuar juntos.

O Cruzeiro começou a partida mandando no jogo. O gol não saia graças a retranca do adversário que parava o clube a base das faltas. A situação melhorou com a expulsão de um adversário. O técnico, tão criticado, é obrigado a substituir o lateral-direito e coloca um terceiro atacante para aproveitar a situação. O gol parece questão de paciência quando Bernardo é expulso por uma falta idiota na área adversária. A vantagem númerica vai para o espaço.

O segundo tempo começa e o técnico substitui Athírson, que mais uma vez não fazia uma boa partida, por Diego Renan. A atuação do garoto foi convincente e é possível que se questione o porque de ele não ter começado a partida no lugar do Elicarlos? A resposta, simples, era que não seria possível garantir que o jogador não tivesse o mesmo comportamento do que na partida contra o Sport, quando foi expulso ainda na etapa inicial. No primeiro contra-ataque, falha da zaga que marca errado e gol do Atlético-PR. Aí a situação complicava de vez.

Mesmo assim, o Cruzeiro reagiu na partida e continuava levando perigo ao gol adversário. Kléber infernizava a defesa adversária, mas foi advertido por uma falta desnecessária com o cartão amarelo. Enquanto isso, o time insistia em cruzamentos na área, mas nenhum atacante conseguia aproveitar os cruzamentos. Dos três que estavam em campo, o mais improdutivo era Wellington Paulista. Percebendo este problema, Adílson tira o atacante e coloca Rômulo no lugar, um jogador que tem o cabeceio como ponto forte.

O time continua pressionando até que Kléber faz outra falta infantil e é expulso. O Cruzeiro fica, pela segunda vez seguida, com 9 em campo. A partir daí tenta desordenamente atacar e Adílson não tem mais o que fazer. Desgastados por terem que correr por 2, os jogadores do Cruzeiro se desgastam e nada podem fazer para impedir o segundo gol da equipe paranaense.

Na próxima partida, o Cruzeiro não contará com Kléber (será que a partida foi sua despedida melancólica do clube?) e Bernardo, suspensos pelas expulsões de hoje. Elicarlos saiu machucado e não joga.  O antigo titular da lateral-esquerda não estará em campo novamente pois foi negociado. Wágner é dúvida. Fernandinho, Gustavo e Léo Fortunato seguirão de fora. Por outro lado, Thiago Heleno, Thiago Ribeiro e Jonathan poderão jogar. Gilberto e Guerrón talvez estreiem embora seja pouco provável. Mais uma vez o time TERÁ que ser bastante modificado. E a culpa é do treinador?