Prolongando a agonia (Atlético-PR 1 x 0 Cruzeiro – Campeonato Brasileiro 33ª rodada)


Salve, guerreiros!

O Cruzeiro foi até Curitiba, encarar o Atlético Paranaense com um time mexido em relação ao último jogo, o desastre contra o Grêmio no Mineirão, pela Copa do Brasil. Com formação similar ao triunfo sobre o Vitória, na 32ª rodada do Brasileirão, o resultado foi exatamente o oposto. Derrota para o Furacão pelo placar mínimo, graças a um gol contra de Manoel, velho conhecido da Arena da Baixada, aos 13 minutos de jogo.

O primeiro tempo do time celeste foi bizarro. Aceitando a pressão adversária, parecia grogue, apenas esperando pelo golpe de misericórdia dos paranaenses. Rafael trabalhou bem e até salvou em duas oportunidades. Mas o fogo amigo de Manoel foi indefensável. Após cobrança de escanteio, Pablo cabeceou para o meio, a bola tocou a barriga do nosso zagueiro e entrou no cantinho, sem chances de salvação.

O time celeste esboçou uma melhoria, mas não conseguia criar. Apenas Bryan e Arrascaeta representaram alguma ameaça em chutes de longe, entretanto, sem a direção do gol de Weverton. Na etapa complementar, o time melhorou e começou a criar algumas ocasiões. Mas o pecado foi que a bola ideal para a finalização caiu sempre no pé errado. Especialmente no caso de Bruno Edgar, que de Ramires não tem nada. O volante teve duas ocasiões claríssimas para marcar, mas falhou as conclusões, tanto de cabeça quanto de perna esquerda. Foi substituído por Rafael Sobis.

Apesar do gol contra, o zagueiro Manoel mostrou muita personalidade na defesa, jamais se omitindo dos lances e fazendo uma série de intervenções importantes. Aos 28′, quase conseguiu se redimir, quando completou cruzamento de Ezequiel e cabeceou para grande defesa de Weverton. Notando a falta de maior presença ofensiva, Sidnei Lobo (com orientações de Mano Menezes) mandou a campo Alex e Ábila para os instantes finais, mas o time mais uma vez parecia incapaz de criar ocasiões para gol.

Aos 47 minutos, veio a prova de que a maré não está pra Raposa. Bryan mandou um lateral para a área, no bumba meu boi, Bruno Rodrigo ganhou no alto e mandou de cabeça no travessão. No contra-ataque, o Furacão quase ampliou com Pablo, mas a bola saiu. E o árbitro encerrou um jogo de alguma emoção no segundo tempo e extremamente pobre do ponto de vista técnico. O Maior de Minas prolonga sua agonia com o risco de rebaixamento no Brasileiro, estando 5 pontos acima do Vitória, que fecha o z4. Nosso próximo duelo no campeonato será contra o Fluminense, no próximo domingo, no Mineirão.

Para fazer o tradicional serviço do nosso responsável Álvaro Jr, o Guerreiro de Ouro vai para o goleiro Rafael, que teve prestação segura e evitou um novo vexame. Já o Guerreiro de Lata poderia ser de Bruno Edgar, sem um mínimo de recurso técnico aceitável para um time grande, mas vai para o absurdamente improdutivo Alisson, que pareceu incapaz de acertar um drible, cruzamento ou finalização na partida. O camisa 11 vem se mostrando uma imensa decepção, semana após semana, sem jamais assumir a responsabilidade e merecer a titularidade.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-PR 1 X 0 CRUZEIRO

Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Data: 29 de outubro de 2016, sábado
Horário: 16h30 (horário de Brasília)
Arbitragem: Marcelo Aparecido de Souza (SP), auxiliado por Marcia Bezerra Lopes Caetano (SP) e Alex Ang Ribeiro (SP).
Cartões amarelos: Bruno Rodrigo (CRU); Thiago Heleno (APR)
GOL: Manoel (contra) aos 13 minutos do primeiro tempo (APR)

ATLÉTICO-PR: Weverton; Léo, Paulo André, Thiago Heleno e Nicolas; Otávio, Hernani, Lucho Gonzalez, Lucas Fernandes e Pablo; André Lima. Técnico: Paulo Autuori

CRUZEIRO: Rafael; Ezequiel, Manoel, Bruno Rodrigo e Bryan; Romero, Bruno Edgar (Rafael Sobis), Ariel Cabral e Arrascaeta (Alex); Alisson e Willian (Ábila). Técnico: Sidnei Lobo (auxiliar)

Que a derrota signifique que o Cruzeiro resolveu guardar sua grande exibição da temporada para a missão quase impossível contra o Grêmio, pela semifinal da Copa do Brasil, na quarta feira. Guerreiro dos Gramados, Nossa torcida, nossa força.

Por: Emerson Araujo