Pré-jogo: Cruzeiro X Atlético-MG (A missão de vencer o clássico mais importante da história)


O Cruzeiro: em outras ocasiões já chegou até a uma última rodada de Campeonato Brasileiro com chances de rebaixamento, mas será a primeira vez que decidirá a sua permanência na primeira divisão nacional em um clássico contra o Atlético-MG.

Certamente nenhum clássico disputado até hoje teve tanto peso na história do clube quanto este. Nem mesmo a disputa das quartas-de-final do Brasileiro de 1999 entre os dois times, talvez o mais importante até hoje, carregou tanto peso e tensão como o deste domingo.

A batalha ficou ainda mais complicada em função de uma série de desfalques celestes. Montillo, Fábio e Marquinhos Paraná cumprem suspensão e ficam de fora da partida decisiva, mas a força da torcida cruzeirense e a semana de preparação em Atibaia se apresentam como principais motivos para acreditar em uma vitória que livre o Cruzeiro do rebaixamento sem depender de outros resultados.

O Atlético-MG: por sua vez joga em busca de uma vaga na Sul-Americana, mas pressionado pelos torcedores que exigem uma vitória para tentar rebaixar o maior rival. 

A motivação não é fortuita, uma vez que o Atlético, desacostumado a grandes decisões (ainda não participou de nenhuma neste milênio), sonha com um rebaixamento que retire do Cruzeiro o rótulo de único clube de Minas a disputar todas as edições da primeira divisão nacional, já que ganhar 2 Libertadores, 4 Copas do Brasil, 2 Supercopas, 1 Recopa e mais 1 Brasileiro parecem sonho para lá de distante da realidade do clube alvinegro.

Desfalcado de Neto Berola, um dos principais destaques da equipe nas últimas rodadas e peça-chave no esquema de contra-ataques formulado por Cuca, o Atlético espera que o entrosamento dos demais atletas e a pressão sobre o Cruzeiro auxiliem na conquista do seu objetivo.

Expectativa sobre o jogo: Apoiado pela sua torcida e com maior pressão pela vitória não se deve esperar outra situação que não seja o Cruzeiro buscando o ataque desde os minutos iniciais, principalmente pelo esquema de jogo do Atlético ter privilegiado o contra-ataque mesmo quando a equipe atuou em casa neste campeonato.

Vágner Mancini, porém, promete um time cauteloso e a possibilidade de atuar com três zagueiros sugere que o time celeste pode esperar um pouco mais e evitar uma blitz inicial que ceda espaços para o Atlético usar a sua principal arma que é a resposta em velocidade ao ataque adversário.

Sem Neto Berola, porém, o Atlético tem o esquema prejudicado e dependerá excessivamente do lateral Carlos César e do garoto Bernard para explorar a velocidade e os espaços que o Cruzeiro costuma oferecer pelos lados do campo. Fortalecer a marcação e proteger as investidas de Diego Renan, além da participação de Roger na armação e da chegada dos volantes ao ataque, serão os pontos fundamentais para a Raposa conquistar os três pontos.

Escalações:

Cruzeiro: Rafael; Leo (Naldo ou Everton), Victorino e Diego Renan; Leandro Guerreiro, Fabrício, Charles e Roger; Anselmo Ramon e Wellington Paulista. Téc: Vágner Mancini.

Atlético-MG: Renan Ribeiro; Serginho, Leonardo Silva, Réver e Richarlyson; Pierre, Fillipe Soutto, Carlos César e Daniel Carvalho; Bernard e André. Téc: Cuca.

Horário e local: Arena do Jacaré, Sete Lagoas (MG). Domingo, 04 de dezembro às 17 horas.

Competição: Campeonato Brasileiro. 38ª rodada.

Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique (RJ), auxiliado por Carlos Berkenbrock (SC) e Júlio César Rodrigues Santos (RS).

Retrospecto: Cruzeiro e Atlético-MG tem um retrospecto bastante equilibrado na história dos Campeonatos Brasileiros e a Raposa joga neste domingo em busca de igualá-lo.

Foram 48 jogos com 16 vitórias cruzeirenses e 17 atleticanas, além de 15 empates. O time celeste marcou 56 gols e sofreu outros 61.