Porque Adílson deve ficar!


Salve nação celeste! O Brasileirão vai chegando ao fim e as notícias dos destinos de técnicos e jogadores de todo o país começam a se espalhar.

Adilson Batista - Foto: VipCommUm dos nomes mais comentados até aqui quando o assunto é renovação de contrato/mudança de ares é o treinador cruzeirense Adílson Batista. Nunca escondi em minhas colunas a confiança que deposito no trabalho do nosso técnico, o que já me rendeu elogios (muitos) e críticas e ofensas (poucas) nos comentários. No entanto, acho que é ainda necessário deixar bem claro porque defendo o Adílson no Cruzeiro para o próximo ano. Aliás, opinião da maioria, se não todos, os colunistas do site.

A primeira razão: A vontade da maioria. Não acho que sempre a maioria tem razão, mas neste caso concordo com ela. Em qualquer site que exista uma pesquisa sobre a permanência de Adílson no comando do Cruzeiro a maioria é favorável. Sinal de confiança de que ele faz um bom trabalho e que, acima de tudo, a uma identificação da torcida com o seu comandante, algo vital para o sucesso de uma equipe.

A segunda razão: O crescimento dos jogadores que estavam no clube antes de Adílson chegar e que passaram a render muito mais agora. Jonathan é o exemplo máximo disso, mas Fábio também é outro exemplo. A exceção é Thiago Heleno, mas os problemas dele estão longe de poderem ser atribuídos ao Adílson.

Terceira razão: O crescimento de jogadores que chegaram sob indicação de Adílson ao se adaptarem ao time. Marquinhos Paraná, Henrique e Fabrício. Três indicações certeiras que colocaram o Cruzeiro com um dos melhores meio-campo do país.

Quarta razão: O desempenho de atletas que chegaram durante a sua gestão, mesmo quando a torcida achava a insistência com estes nomes exagerada. Thiago Ribeiro e Wellington Paulista. Quantos torcedores pediram a cabeça de pelo menos um destes dois jogadores? Adílson bancou eles no time e, hoje, o ataque tem uma média de gols ainda mais eficiente do que quando o titular era o Kléber.

Quinta razão: As campanhas de Adílson no Brasileirão. Classificação para a Libertadores em 2008 e Título Brasileiro em 2009, afinal, mesmo que o Cruzeiro não vença o Brasileirão ou até não vá para a Libertadores, a média de pontos da equipe com os titulares em campo será maior do que qualquer outro time campeão. Quando acabou a Libertadores estávamos a 17 pontos do líder. Hoje estamos apenas 5. Fora a ressaca pós-Libertadores, que Adílson e diretoria conseguiram contornar muito bem.

Sexta razão: As campanhas de Adílson na Libertadores: Oitavas-de final da Libertadores eliminado pelo melhor time e mais experiente da competição (Quem viu a semifinal entre Boca e Fluminense viu que o Cruzeiro foi até melhor enfrentando o Boca do que o tricolor carioca, mas o resultado não veio). Depois, a 4ª final da Libertadores da história do clube, coisa que poucos conseguiram.

Tudo isto mencionado acima são, para mim, fatores evidentes de que o melhor para o Cruzeiro é a permanência do treinador. E olha que nem citei o bicampeonato mineiro (“obrigação”) e o fato de ninguém conhecer tão bem o time quanto nosso técnico.

O problema é que os cornetas fizeram muito barulho e Adílson sentiu. Há dois meses, seria impossível a sua renovação. Bom que boa parte da torcida acordou a tempo e campanhas por Adílson começaram a rolar por tudo quanto é lugar. É isso aí nação celeste. Não deixemos que a imprensa derrube alguém que é importantíssimo para a trajetória do Cruzeiro no próximo ano. Que nos últimos dois jogos no Mineirão o nome de Adílson seja entoado com tanta força que ele se convença mais uma vez de que a Toca da Raposa é a sua casa. Talvez seja tarde demais, mas acredito que ainda é tempo de conseguir a permanência do Adílson à frente do Cruzeiro. Podemos até falhar nesta missão, mas façamos a nossa parte.