Parece que acabou o encanto


O problema é que com tanto disse-me-disse, não dá para saber muito o que esperar. Eu sinceramente esperava, pela campanha que vinha sendo feita até então, umas duas semanas de cho-ro-rô pela perda da Libertadores e depois aquela recuperação vertiginosa.

Vertiginosa não no sentido de ser campeão. Nada disso. Mesmo porque, aqui no Guerreiro dos Gramados, já havia sido mostrado toda a matemática para tal utópico objetivo. Mas, no sentido de sair da incômoda posição que frequenta com um pequeno desvio para cima ou para baixo na tabela, desde que a competição continental terminou.
 
Esperava aquela crescida em pontos que lançasse o nosso Cruzeiro ali para as 5 primeiras posições da tabela, a exemplo do que está acontecendo com Inter, São Paulo e Grêmio (em 7º na verdade), mas um excelente trabalho para times que sairam da Libertadores apenas alguns dias antes do nosso.
 
O problema é que paramos. O time, mesmo completo, está feio. O futebol está feio. Tem jogador comentando que a coisa não anda legal. E não deve estar mesmo. Tem dirigente que desmente, como se o que vissemos em campo não fosse a realidade.

Então, tem um provérbio que diz que para fazer um omelete, é necessário quebrar alguns ovos. Vamos quebrar então.
 
Se tem jogador desmotivado, por qualquer que seja o real motivo, ele tem que sair. Buscar outro clube onde possa encontrar motivação. Do técnico eu já não direi mais nada porque, primeiro, acho que o que o mantém na verdade é muito mais o orgulho do que a necessidade. E segundo porque, bem ou mal ele iniciou o trabalho e acho que pode ir até o final deste perdido, desperdiçado, ano. Vai servir ao menos para vermos qual será, ou seria (tomara!) as desculpas para não sair deste marasmo.
 
Gilberto fez um bom trabalho ontem. Gostei. Sem ritmo, entrosamento, mas, nada como ver um bom jogador em campo. O resultado surgirá muito em breve.

Kléber, guerreiro como sempre, fez, fez e fez. Só que, uma andorinha só não faz verão. Sinto muito por desperdiçar um jogador como esse.
 
O meio de campo, não vai mais. Não concordo com as críticas que Marquinhos Paraná vem recebendo. Não concordo mesmo. Acho que estamos jogando para o jogador a responsabilidade de ter que fazer algo que era feito por outro. E essa responsabilidade tem que ser dada ao técnico que ou é cego e não vê que não pode continuar com o esquema se não tem o jogador, ou é sei-lá-oque. Ou quem sabe, à diretoria, porque se o técnico bate o pé e quer continuar com o esquema, eles que arrumem alguém que se encaixe no esquema.
 
O fato é que, Marquinhos Paraná, por mais bonito que seja o piano, é apenas um carregador. Um excelente carregador de piano. Talvez um dos melhores na atualidade. Mas, apenas carregador. Não é justo pedir que o jogador faça algo que ele não saiba. Simplesmente não é justo.
 
Fabinho, mesmo não tendo brilhado, muito melhor que Elicarlos. Só que quem precisa, não vê. Ou finge.

Thiago Heleno, lento. Fabrício, perdido. Jonathan, tá ficando imprescindível.
 
E Fábio. Fábio, está caminhando para ser lembrado no futuro, como aquele goleiro brilhante que tivemos.
 
Um forte abraço Guerreiros!

E que os novos jogadores tragam também novos ares…