Outra ducha de água fria tricolor…


O Cruzeiro, embalado por três vitórias, perde mais uma chance de somar pontos, diante de um São Paulo que vinha de três derrotas seguidas. Analisando friamente, a culpa não é apenas dos jogadores em campo. Existem outros pontos a serem observados.

As atuações do time e dos atletas foram muito bem observadas pelo João Henrique, na sua última análise, mas com a permissão do colega colunista, vou fazer alguns acréscimos, e acho que a torcida vai concordar um pouco.

Foto: VipCommJá vinha dizendo que as laterais do Cruzeiro estão apenas discretas. E após algumas chances dadas, está claro que Vítor é mais um exemplo de “jogador de time pequeno”. No Goiás, ele voava em campo. No Palmeiras e no Sport, ele já não rendeu a mesma coisa. Ainda bem que ele está apenas emprestado, a troco do também inoperante Wellington Paulista, e vai embora no final do ano.

E Thiago Ribeiro? O atacante “da Mercedes”, como disse Joel numa entrevista, mais uma vez atuou abaixo da crítica. Repito, não estou fazendo campanha contra ele, mas já está passando da hora dele tomar um “chá de banco”, igual o que tomou no início deste ano, com Cuca, quando também estava mal e foi trocado por Wallyson. Bota ele na reserva, deixa ele ficar um pouco “incomodado” com a situação e vamos ver se ele volta a ter objetividade e qualidade nos chutes e cruzamentos.

Alguns leitores podem até dizer: “se tirar o TR11, vai colocar quem no lugar?”. Concordo em parte, quem olha o ataque do Cruzeiro deve ter vontade de chorar, mas algumas coisas precisam ser analisadas melhor. Tirando Montillo, quem é o jogador mais eficiente em gols marcados? É Anselmo Ramon. E por que ele foi sacado, se nas vezes em que entrou em campo, rendeu mais do que outros atletas do time? Não dá para entender.

Ortigoza, embora tenha feito a jogada do gol contra o São Paulo, não me engana – no máximo é um jogador de segundo tempo, já entrou como titular algumas vezes e nada fez de útil. Brandão, coitado, é um “boneco de Olinda”, um daqueles “bonecos de vento de posto de gasolina”, não é atleta do nível do Cruzeiro. E ainda temos um jogador que foi afastado sem ter todas as chances que outros atletas tiveram: Farías, que está ganhando um baita salário apenas para ir treinar.

O Cruzeiro pode até estar bem na “era Joel Santana”, aproveitamento de 75% dos pontos conquistados, o que teoricamente projeta 77 pontos conquistados até o final do ano, mais que suficientes para voltar à Libertadores 2012, e até dá para pensar em título.

Entretanto, a cada chance desperdiçada como esta contra o São Paulo, a cada atuação ridícula de laterais e atacantes, setores que há meses temos problemas, minha “desconfiança” só aumenta, e meu “lado racional” insiste em dizer que o futuro do Cruzeiro em 2012 será – infelizmente, para a torcida – voltar a disputar a Copa do Brasil.

Quero que o “father Joel” e os atletas queimem minha língua, mas aparentemente, não é isto que vai acontecer.

Abraços a todos.