Os detalhes de um jogo de futebol disputado em um pasto


Salve nação celeste! Comentar sobre uma derrota nunca é legal, mas também é função de quem assume a tarefa de escrever sobre o time. O pior é quando a derrota parece ter sido construída em função de detalhes que não tem nada a ver com a qualidade da equipe, como a qualidade campo. 

No entanto, o principal problema parece ser a postura do Cruzeiro atuando longe do Mineirão. Havia chamado a atenção para este detalhe no texto pré-jogo que não foi publicado por falhas na Internet aqui de casa. Neste texto, eu dizia que o Cruzeiro havia fracassado na única vez que tinha sido testado de fato fora de casa nesta temporada. A partida contra o Estudiantes lembrava o time do ano passado que não conseguia vencer longe dos seus domínios. Uma vitória sobre o Náutico neste domingo seria importante para mostrar que este problema vem sendo corrigido.

Mas infelizmente não foi desta vez que o Cruzeiro provou estar pronto para vencer jogando em qualquer lugar. Embora tenha feito um excelente primeiro tempo, onde o domínio celeste infelizmente não se transformou em gols, a atuação celeste na segunda etapa foi desastrosa.

Tudo começou a desandar a partir da entrada do Gérson Magrão no lugar do Athirson. Acho que Magrão melhorou em relação ao início da temporada, mas nesta partida entrou mal. Não ajudou no ataque e nem protegeu a defesa, sendo praticamente um número em campo. A entrada do garoto Anderson Lessa, que pertence ao Cruzeiro, na equipe do Náutico também contribuiu para que o Timbu assumisse o controle da partida e ficasse mais perto de marcar.

O que aconteceu aos 13 minutos do 2º tempo, quando Derley se aproveitou de uma bobeada da defesa celeste (culpa do gramado) e abriu o placar. O resultado obrigou o Cruzeiro a partir para o ataque, o que facilitou a vida do Náutico que, aos 28 minutos, fez 2 a 0 no placar com Carlinhos Bala.

Nem as entradas de Wanderley e Zé Carlos no ataque cruzeirense resolveram o problema ofensivo da equipe na segunda etapa. A sensação que ficou é a de que o Cruzeiro depende bastante de Kléber e que o mesmo não tem um companheiro a altura. Se sou o Perrella, minha grande preocupação hoje seria contratar um atacante para fazer dupla com o Gladiador, embora ache que o Thiago Ribeiro cumpra bem esse papel, e para assumir o comando do ataque quando Kléber não jogar como aconteceu hoje.

Agora é treinar e trabalhar para recuperar os atletas da atual maratona de jogos e deixar o time no ponto para enfrentar o Vitória no próximo sábado. A vitória será fundamental para não deixar que o pelotão da frente dispare e o Cruzeiro fique a ver navios, ainda mais pelo fato de a partida ser no Mineirão. Com o apoio da torcida e com um gramado de qualidade, acredito que a recuperação já vira nesta partida. A conferir.