03 out O retrato de uma pífia campanha
A derrota de ontem para o Grêmio acabou, acredito, com a esperança dos poucos que ainda confiavam que nossa luta não seria contra o rebaixamento. Bem, tirem o amuleto do armário, esfolem os joelhos no chão nas orações, pratiquem as superstições , pois, daqui até o final, definitivamente, nossa luta será, sim, contra o descenso.
Novamente, o futebol do time foi retrato da pífia campanha neste Nacional. A defesa falhou, especialmente no segundo gol; o meio não protegeu a zaga, nem muito menos criou chances de gol; o ataque não fez, não incomodou, não existiu.
Esse problemas têm sido crônicos na equipe. Rodada após rodada, o time apresenta as mesmas deficiências. Nada evolui. Isso merece reflexão. Afinal, treinamentos servem para duas coisas: aprimorar o que está bom e corrigir o que está errado. Nem um nem outro têm acontecido.
Estaria, o elenco, desmotivado a solucionar os erros e, consequentemente, a tirar o Cruzeiro dessa péssima situação? Há quem diga que os convictos de que não permanecerão na Toca da Raposa em 2012 estão indiferentes ao momento do time. Não posso confirmar isso, pois não cubro o dia a dia do Clube, mas, sinceramente, não duvido.
Aprovei a contratação de Vágner Mancini. Estou ansioso quanto ao trabalho que desenvolverá com os atletas. A missão dele vai além de dar padrão de jogo ao time, ajustar o posicionamento dos atletas em campo, treinar fundamentos como passe e finalização. Mancini terá de ser também um baita “psicólogo”.
Não será fácil erguer o emocional do time, que é fraco e excessivamente dependente de Montillo. As perdas de Gil, Thiago Ribeiro, Henrique e Wallyson enfraqueceram muito o grupo. Não incluo Dudu nessa lista, pois sequer foi titular da equipe por dois jogos seguidos na temporada.
A debandada, porém, prejudicou muito o time. Os vendidos eram protagonistas dentre os titulares. Cada um num setor: defesa, meio e ataque. E, aqui, está a parcela de culpa da diretoria neste inferno que virou a vida do Cruzeiro nas últimas oito rodadas.
Assim como Felício Brandi, Zezé Perrella entregará o cargo maculado pela fraca gestão do último ano de mandato. Alguns alegam omissão por conta do acúmulo dos cargos de senador e presidente do Cruzeiro. Não acredito, pois, no passado, ele já viveu essa experiência. Vejo muito mais como esgotamento de paciência, ou seja, “saco cheio”, para administrar o que já administrou por muito tempo. E se era para ser desleixado, deveria ter renunciado no início do ano.
Ao torcedor, cabe continuar apoiando e torcendo. Badernas, como pichação de muro, agressão a jogadores ou vaias no decorrer do jogo só pioram a situação. O próximo desafio é daqueles de assistir com um olho aberto e outro fechado. Mas sem “arregar”, pois nossa história é grande e nos credencia a acreditar em vitória.
Força, Cruzeiro!
Novidades do livro
Amigos, muitas pessoas têm me perguntado sobre o lançamento do livro ANOS 90: UM CAMPEÃO CHAMADO CRUZEIRO. Ele ainda está sendo impresso pela Editora. Provavelmente estará pronto em novembro. Enquanto isso, visitem nosso blog oficial (www.cruzeironosanos90.blog.br), sigam-nos no Twitter (@Cruzeiro 1990) e curtam nossa página no Facebook (Anos 90: um campeão chamado Cruzeiro).