10 abr O que eu também não entendo
Estou até agora sem entender aquele desastre de La Plata. As vezes, quando vou dormir, eu inevitavelmente fico pensando naquele jogo. Como pode jogar assim um time que quer ser Campeão Continental? Não me venha, caro leitor, com as mesmas desculpas sobre atraso, cansaço, etc. Todos nos sabemos que Libertadores é um torneio de superação e força de vontade. Os times de 76 e 97, com certeza absoluta, enfrentaram adversidades muito piores.
Antes de falar sobre a carga de responsabilidade do treinador, eu prefiro falar dos jogadores. Alguém pode explicar a Fabricio, Wellington, Jancarlos, (…), que eles estava trajando a camisa do Cruzeiro? Time brasileiro que mais títulos internacionais venceu contra equipes Argentinas. Tais jogadores deveriam conhecer mais a história e tradição do Cruzeiro antes de entrar em campo. Antes de vestir aquele Manto.
Querendo ou não, o time do Cruzeiro é ainda muito inexperiente. Deixa-se abalar por qualquer sitação contrária. Em quase 1 ano e meio de Adilson Batista no Cruzeiro, eu não vejo o time do Cruzeiro se superar. Ou seja, se está cansado, se está jogando contra um adversário difícil fora de casa, se está desfalcado, se a água foi batizada como em Goiânia, temos grandes chances de perder. E isto foi invariável. É um time que absorve as coisas ruins facilmente. Talvez pela falta de experiência, ou talvez por falta de um bom trabalho psicológico.
Existe também um sério problema na questão tática. Adilson Batista tenta escalar como um treinador Europeu, mas esquece que está jogando na América do Sul. De nada adianta colocar apenas um atacante, se ele vai ficar isolado no ataque, sem ter pra quem tocar a bola ou com quem tabelar.
O Cruzeiro não fez nenhuma jogada triangulada ou alguma tabela esperta na frente da área dos Argentinos, por falta de jogadores no ataque. A maioria das jogadas aconteciam nas pontas, e com a área vazia.
Adilson Batista entende muito de futebol, mas o medo o impede de evoluir. Ele provavelmente não conhece uma máxima básica do futebol: Quem não ataca, é atacado.
Não adianta, Adilson, jogar pra não perder. Isso nunca vai existir no futebol. O que contrai um adversário, é fazer ele ter medo de sair para o jogo. É marcar a saida de bola, porém, com jogadores para recebê-la no ataque. Não há como vencer a Libertadores com esta postura medrosa.
Tudo me leva a crêr que o nosso treinador não confia em seus comandados. Esta seria a única explicação para uma postura tão “medrosa” quando joga longe da nossa casa. E enquanto esta postura não mudar, eu serei cético em relação ao desenvolvimento deste time na Copa Libertadores.
Agora, a pergunta que fica é: Quando eu vou ver novamente meu time jogar como grande na Argentina?
Já está queimando o nosso filme, caro Adilson.