O “campeão das desculpas” ataca novamente


Está aí um bom resumo para o atual time do Cruzeiro. Mais uma partida sem vencer, a terceira seguida, com os atletas mais uma vez falhando em campo, mas especialistas quando os microfones aparecem, na hora de dar desculpas.

Foto: Rafael Moraes/Photocamera/DivulgaçãoVi o jogo atentamente. Os primeiros 20 ou 25 minutos de jogo foram meio “mornos”, poucas chances dos dois lados. Até o final do primeiro tempo, fomos um pouco superiores e fizemos pressão. Mas, em uma falha do sistema defensivo (Léo e Marquinhos Paraná totalmente atrasados no lance), gol do Fluminense.

No segundo tempo, conseguimos um suado empate, na única jogada em que nosso ataque tocou a bola de forma decente em toda a partida. De nada adiantou, porque em outro lance isolado, Gil e Victorino tentaram fazer linha de impedimento, que na verdade foi linha “burra mesmo”.

Dois gols marcados por Rafael Moura, aquele mesmo atacante que não veio para o Cruzeiro no início do ano porque os Perrellas acharam “caro demais” e preferiram enfiar dinheiro contratando Reis, Ortigoza, André Luís, Brandão…

Se falar das atuações dos jogadores, dou destaque somente para Leandro Guerreiro e para Anselmo Ramon – o primeiro porque cumpriu bem sua função de marcador, o segundo porque é o único atacante do Cruzeiro que sabe fazer gols na atualidade. Todo o resto foi “apenas mais ou menos”, para não dizer coisa pior.

Se os jogadores foram “mais ou menos” dentro de campo, bastou o apito final do jogo, que voltaram os “especialistas” nas velhas desculpas esfarrapadas e safadas de sempre. Neste quesito, aí sim, eles estão mostrando “variação de jogadas”, porque nas duas rodadas anteriores, a desculpa dos resultados negativos era “o goleiro adversário”.

Ontem, a justificativa para mais um vexame foi a “falta de garra” (segundo Cuca, que errou ao jogar Gilberto para lateral e enfiar três atacantes, porque perdemos o meio de campo no segundo tempo). Outro motivo falado foi “entrar desligado em campo” (segundo Marquinhos Paraná, que mesmo após quatro anos de Cruzeiro e 34 anos de idade ainda não aprendeu o que é jogar focado no resultado).

E agora, amigos leitores? Por acaso vocês vão continuar me chamando de “corneta” porque estou reclamando do atual momento do Cruzeiro? Ou vocês vão começar a enxergar a verdade – que nosso time está totalmente perdido, sem foco, sem vontade, sem alma de time vencedor, sem brios, sem capacidade tática e técnica para reagir, e sem jogadores que dentro de campo possam dar alguma resposta?

Já estamos com campanha igual ao nosso pior ano da “era dos pontos corridos”, com 1 ponto em 9 disputados. Em 2007, a primeira vitória veio na quarta rodada – por coincidência, a próxima. Torço muito para que seja a hora da verdade e que seja iniciada uma arrancada como a daquele ano.

Mas, olhando o atual elenco, acho difícil o “raio cair no mesmo lugar”. Naquela época, o Cruzeiro tinha talentos como Leandro Domingues, Ramires, Charles, Guilherme e Roni, que comandaram o time na virada. Tinha também Dorival Júnior no banco de reservas, que montou um esquema tático decente.

Olhando para o time de hoje, não vejo nada disto. Triste, mas é a realidade…

Abraços a todos – menos para os atletas, comissão técnica e dirigentes. Aprendam a honrar seus salários e a camisa do Cruzeiro, deixem de ser mercenários.