O horizonte é azul, mas o trabalho deve continuar


O horizonte é azul, mas o trabalho deve continuar

Em 2012, nem que eu fosse um torcedor lunático – como alguns amigos do outro lado da lagoa – pensaria que o Cruzeiro estaria numa situação tão magnífica como a atual. O Cruzeiro hoje tem o melhor plantel do Brasil, a torcida mais fiel e não vê oponentes com a mesma força em nenhum canto do país.

O time azul tem chances de ganhar todas as competições que disputar em 2014, pois tem opções para revezar em todas as posições. O nível é mesmo muito bom. Aliado a isso, adversários fortes do “eixo” estão enfraquecidos, gastaram muito de forma errada e têm dificuldades para se reforçar. O rival mineiro, agora, busca voltar a um bom momento com um novo técnico.

Ao que tudo indica, o futuro tende a ser próspero. Mas estamos falando de futebol, logo, o assunto é também dinamicidade. Tal esporte, no Brasil, muda mais de visual mais do que atriz de novela, e o Fluminense é uma prova disso. A diretoria do Cruzeiro, que até então tem tido um desempenho espetacular, precisa ter planejamento, se antever aos fatos, buscar novas formas de crescimento.

Hoje o Cruzeiro é, indiscutivelmente, o maior expoente do esporte em Minas Gerais. Mas isso, já há um bom tempo, é pouco para o torcedor celeste, que não se contenta com título de estadual. É necessário que o time já vise mais consumo midiático fora da terra do pão de queijo para que possa se fortalecer ainda mais.

A inspiração deve vir da Europa e dos EUA. Aqui no Brasil não há nenhum time com uma gestão que explore bem os potenciais do esporte. Se nos aproveitarmos da fragilidade dos nossos adversários, poderemos ter as melhores receitas não só na bilheteria, como também com as cotas de televisão e publicidade e venda de produtos.

É necessário aproveitar o ótimo período para nos fortalecer ainda mais. Tecnicamente tudo está sensacional. Mas devemos e podemos aprimorar nosso marketing a fim de garantir nossos títulos nas próximas décadas, para que tudo continue bem azul.