O fim do Cruzeiro como clube grande



Amigos, falar do time, já não resolve muita coisa, pois é sempre o mais do mesmo. Toda rodada um time diferente, mas com algumas peças que mantém sua cadeira cativa no time, e derrota atrás de derrota.


Emerson Ávila está sendo execrado por parte da imprensa e alguns torcedores. É o cara certo, na hora errada, infelizmente. Citei a imprensa, porque num certo programa de rádio o apresentador, simplesmente esfregou na cara de Emerson Ávila, a ruindade do time que ele treina. Este apresentador deveria dizer o que ele disse para o Emerson, para o Sr. Dimas Fonseca, para o Sr. Valdir Barbosa, para o Sr. José de Oliveira Costa e para o Sr. Gilvan de Pinho Tavares.

Este último é o tema da minha coluna. Como muitos sabem as eleições para a presidência do Cruzeiro (Triênio 2012 – 2014) estão pegando fogo. Temos a Chapa da Situação (e que situação estamos), formada pelo Sr. Gilvan e mais dois vices e temos a chapa de oposição formada por Alberto Rodrigues e Antonio Claret.

Assistindo ao debate feito pelo programa esportivo de uma emissora da capital, tirei a conclusão de que as propostas da oposição são mais claras e contundentes. A situação, falou, falou, falou, repetiu o vasto repertório de frases prontas que estamos acostumados a ouvir ao longo destes anos e resumiu o debate com a frase que abriu sua oportunidade para falar no programa: “Não vou mudar muita coisa não”. Ou seja…

Amigos, no debate, Alberto Rodrigues, representante da oposição nas eleições quando perguntado sobre o time do ano que vem, disse que o momento não era de se pensar em 2012 com 2011 em andamento e que a prioridade agora, é motivar os que aí estão para tirar o Cruzeiro desta situação desastrosa em que estamos.

Já o Sr. Gilvan respondeu o mesmo durante o programa, mas em entrevista a um grande portal esportivo da capital, proferiu os seguintes dizeres:

“Não é o momento de criticar este ou aquele jogador. Eu confesso pra você, que como a maior parte da torcida, eu acho que entendo de futebol. Eu também acho que eles (Farias e Ortigoza) não tem o meu perfil. Se você ouvir a torcida do Cruzeiro para saber se eles tem o perfil do Cruzeiro, eles vão dizer que não tem. Se não tem, não vamos contrariar a torcida do Cruzeiro.”

Sr. Gilvan, jogador não tem que agradar o seu perfil, porque o Cruzeiro não lhe pertence. Pertence à torcida. Ao mesmo tempo em que morde, assopra, ou seja, diz que não é hora de criticar, mas depois se contradiz e fala que eles não servem.

Sem contar em falar que não quer contrariar a torcida. Quer maior contrariedade para o torcedor, do que ver seu time ter cinco importantes jogadores vendidos e não ter nenhum – eu digo NENHUM – destes jogadores ser reposto à altura?

Na última quinta-feira, ouvindo programa esportivo de radio, ele disse: “Nenhum dirigente, modéstia parte, que hoje atua no futebol, entende mais de futebol do que eu”. Sr. Gilvan, não precisamos de sua modéstia, precisamos da competência que faltou à toda diretoria nesses últimos anos e principalmente nos últimos meses. O Clube está largado e ninguém faz nada. Precisamos de um presidente atuante e não um que relegue o clube a um segundo ou terceiro planos.

Perguntado também, se com uma receita de aproximadamente 100 milhões de reais, seria possível “fazer futebol” no cruzeiro. Ele respondeu com as seguintes palavras:

“É sim possível fazer futebol com este montante, usando nossa categoria de base e bons jogadores da segunda divisão”.

O time não terá jogadores que despertem interesse do torcedor para que se tornem ídolos, que chame a responsabilidade em um jogo decisivo. A política do clube continuará a mesma.

Quando perguntado sobre a base, ele também respondeu que temos muito bons jogadores e que na posição de goleiro, “temos atletas de exportar”. A política de venda de jogadores, não vai parar. O Varejão ou Duty-Free Azul, continuará aberto.

Poderia ficar aqui enumerando tudo o que não concordo referente à chapa da situação, não fico, porque não caberia na coluna. E antes que digam que não vi defeitos na oposição, sim, eu vi, não concordo com algumas coisas, e creio também que da lista de “promessas”, algumas não poderão ser feitas, pois se a oposição ganhar, primeiramente deverá ser feita uma avaliação da situação econômica do clube para definir o que vai poder ser feito.

A oposição, por exemplo, entre uma das coisas que são necessárias fazer, não disse se vai fazer uma devassa nas contas do clube. Acho isso essencial para se ver qual o tamanho do buraco negro em que se encontra o clube.

Infelizmente amigos, como a situação tem grande maioria no conselho do clube, creio que esta eleição deva ficar mesmo nas mãos do Sr. Gilvan. Preparem a reza, se apeguem a todo tipo de fé que tenham porque esse triênio será tenebroso.

Fiz esta coluna, pois o nosso anseio como torcedores, é ver mudança. O Cruzeiro nos últimos anos se limitou a três coisas: Ganhar do Atlético-MG, comemorar campeonato mineiro e comemorar vaga na Libertadores como se fosse um título de expressão.

Penso que estas três coisas, para o Cruzeiro, não é mais do que obrigação, levando-se em conta sua grandeza. Queremos mudança, queremos postura, queremos o fim das vendas no meio do ano, o fim do desmanche do time, queremos um marketing atuante, bons patrocinadores e principalmente queremos transparência, queremos ter confiança em quem comanda um clube deste tamanho, mas infelizmente, como torcedor, não tenho com a atual diretoria e com a possível nova presidência.

Infelizmente se o Sr. Gilvan ganhar estas eleições, definitivamente o Cruzeiro deixará de ser grande!

É isso ae!