O Cruzeiro estar no G-4 é uma coisa, manter-se lá é bem diferente


O Cruzeiro estar no G-4 é uma coisa, manter-se lá é bem diferente - Cruzeiro Esporte Clube - Fotos: Vipcomm

Com mais uma vitória no Mineirão, sua verdadeira casa, o Cruzeiro volta ao G-4 de um Brasileirão onde tropeços serão imperdoáveis – mais do que em outros anos.

Amigos leitores, vendo os últimos jogos do Cruzeiro, tanto na Copa do Brasil quanto no Brasileirão, a impressão que tenho é que, nesta temporada, mais do que nos últimos anos, qualquer equipe que “perder ou empatar jogos à toa, quando tinha tudo para vencer” será duramente castigada.

O Cruzeiro, antes da “intertemporada” da Copa das Confederações, começou bem. Os 5×0 contra Goiás foram um “exemplo de eficiência”. As jogadas aéreas e as chances foram bem aproveitadas. O empate contra o Atlético-PR poderia ser um tropeço, mas foi até razoável porque estávamos perdendo por 2×0 e jogando num gramado terrível.

Enfrentar Corinthians em casa foi nosso primeiro “grande teste”, e vencemos por 1×0. A derrota para Botafogo, fora de casa, ainda pode ser considerada “normal”, porque não se pode vencer todas e os cariocas têm uma boa equipe.

O primeiro “problema” foi o empate com o Internacional em casa. Os gaúchos têm um bom time, mas naquele momento do campeonato eles estavam instáveis. Vencer em casa era fundamental, porque o jogo “da volta” será no Rio Grande do Sul, onde é difícil conquistar um resultado positivo.

E o empate contra Portuguesa? Até o time de Celso Roth no ano passado conseguiu vencer a Lusa em São Paulo, mas o Cruzeiro teve – mais uma vez – atuação apática e desmotivada, que custou dois pontos importantes.

Antes que me digam “que colunista corneta, estamos no G-4 e o cara ainda reclama”, peço aos leitores que vejam atentamente a tabela do Brasileirão deste ano. Está lá, para todo mundo ver, o Cruzeiro tem 12 pontos, mas três equipes têm com a mesma pontuação, e o 13º colocado está com 9 pontos, apenas uma vitória de diferença.

Não estou “secando”. Estou apenas mostrando que, neste ano, mais até do que nos campeonatos anteriores, estão acontecendo muitos empates. Além disto, alguns times “da parte de baixo” da tabela estão vencendo os times “da parte de cima”, causando ainda mais equilíbrio na pontuação.

Espero, com sinceridade, que todos no Cruzeiro encarem este Campeonato Brasileiro com muita seriedade, com muito compromisso e determinação. Qualquer chute mal direcionado, qualquer falta desnecessária, qualquer excesso de preciosismo na hora de um passe ou de um chute, pode decidir os rumos de uma partida e de toda a competição.

Sem fazer muito esforço, dá para identificar algumas falhas pontuais que custaram resultados importantes até aqui, neste Brasileirão. Luan e Anselmo Ramon perderam chances claras de gol contra Botafogo, Atlético-PR e Portuguesa. Contra o Internacional, viramos o placar mas numa falha de marcação o jogador deles marcou de fora da área.

Digo isto para evitar que, no final desta temporada, a torcida do Cruzeiro não fique se lembrando “daquele empate com o Internacional”, ou ainda “daquele empate com a Portuguesa” ou de outros jogos, todos eles com aquele gosto amargo de “ah se a gente tivesse vencido aqueles jogos”.

Abraços a todos.

Nota final 1: Então Diego Souza foi vendido? Não vai deixar saudade. Ele não foi nem sombra do jogador “que a torcida esperava”, dos tempos de Grêmio, Palmeiras e Vasco. O “Morcego Souza” foi, mais uma vez, o tipo de atleta que a torcida passa raiva – muito talento, mas sem vontade de jogar bola e ajudar a equipe. Pra falar uma verdade, sua saída resolveu um problema do meio de campo do Cruzeiro. Ricardo Goulart, Lucca e Martinuccio com certeza vão dar mais mobilidade e ajudar Everton Ribeiro, que aliás atuou muito bem contra o Náutico.

Nota final 2: Toda a torcida sabe que existe um jornaleco aqui em Minas Gerais – na verdade, um grupo de meios de imprensa – cujas palavras, faladas ou escritas, são mais sujas que papel higiênico usado. Na mesma proporção que este “grupinho de jornaleiros” enaltece o “Campeão de Guarapari”, aquele que só tem Mineiro, eles adoram minimizar o Cruzeiro Esporte Clube, maior vencedor de títulos do Estado. E isto acontece sempre. Nas últimas semanas, esta “proteção” está passando dos limites. De um lado, só se fala em torcida, motivação, empolgação total. Do lado do Cruzeiro, só se fala em venda de jogador, problemas no Mineirão e dificuldades em campo. Fica um aviso para os “jornalistinhas” que se vendem por trabalhar nesta escória e jogam seu nome na lama. A torcida do Cruzeiro está de olho em vocês.