27 fev O Cruzeiro Esporte Clube, detonado!

Salve Guerreiros! Quando era um pouco mais novo, recorri muitas vezes àquelas revistas de vídeo game que traziam determinados jogos “detonados”, isto é, tão esmiuçados e com riquezas de detalhes que concluía que senão fosse a revista, jamais detonaria aquele game.

Hoje, já não recorro mais às revistas, já encaro cada game na cara e na coragem. Quebro a cabeça, divido a tarefa com os amigos (Obrigado Caio), mas tento vencer os desafios com minhas próprias forças.

Minha missão de hoje é, detonar o brilhante Cruzeiro do jogo desta última terça (25/02), para o leitor aqui do Guerreiro dos Gramados. Mãos à obra.

Vou começar pelo chefe. Marcelo Oliveira tem feito no Cruzeiro um trabalho impecável. O time tem a cara do Cruzeiro e, quando digo isto, me refiro ao Cruzeiro histórico, quem tem por característica a firmeza defensiva e um ataque rápido e rasteiro. Independente da formação que o Marcelo mande a campo, o time funciona quase sempre da mesma forma. Terça, por exemplo, no momento mais difícil da Raposa na partida, havíamos perdido o meio de campo após as substituições chilenas e a pressão estava incomodando, Marcelo opta por sacar Everton Ribeiro e lança Souza em seu lugar, recupera o meio e a goleada se desenvolve a partir daí. Ponto pro Marcelo que tem o grupo nas mãos.

Fábio dispensa comentários nessa analise, assim como Dedé. Irei direto ao Bruno Rodrigo, que sem tanta badalação, assim como seu companheiro de zaga, tem feito partidas muito seguras. Não brinca em serviço na hora de tirar o perigo e seus desarmes são muito precisos. Seguro também no jogo aéreo desviou a bola do escanteio para o segundo gol de Ricardo Goulart.

Ceará também ficará de fora da analise, pois a torcida e o Marcelo confiam demais nele, entretanto sobre o outro lado, Egídio, não posso deixar de falar. Nosso lateral esquerdo fez um partidão. Desarmes precisos, ótimo aproveitamento nos passes. Não sei se a sombra de Samudio ou a chegada de Rodrigo Souza, sobre quem falaremos a seguir, deu segurança ao setor e Egídio está muito a vontade.

Rodrigo Souza foi destaque nesta partida também. Desarmes, passes, acertou quase tudo que tentou, mas precisa maneirar em algumas entradas. Ficou barato no jogo as faltas cometidas por ele. Ainda torço para que o Marcelo o experimente mais solto, encostando na frente, setor onde ele pode render muito bem, lembrando as arrancadas do Ramires. Pesquisem por gols do Rodrigo Souza no youtube, e vão entender o que estou propondo.

Lucas Silva por outro lado, não foi tão eficaz quanto seu companheiro de meio campo. Errou alguns domínios fáceis, perdeu bolas bobas, parecia estar desconcentrado, mas confio em seu futebol. Talvez seja a pressão da Libertadores na cabeça do garoto. O Marcelo precisa trabalhar isso.

Everton Ribeiro é o “Showman”! Se espera dele o espetáculo, a jogada genial, o drible e ele o fez. O chamado drible da foca já valeu o ingresso. Um pecado essa jogada ter terminado em uma finalização sem direção do Dagoberto, pois seria um golaço daqueles dignos de reivindicar a taça de campeão pra CONMEBOL de uma vez. Falando em Dagol, outro destaque. Acertou um passe cirúrgico para Ricardo Goulart no primeiro gol, depois escorou de peito a devolução de Goulart para o segundo. Que eficiência!

Marcelo Moreno, desta feita jogou mais sem a bola do que com ela. Movimentou-se, puxou marcação, abriu espaços nos quais Dagol e Goulart fizeram a festa. Entretanto, apanhou da bola em alguns lances. Acredito que seja a falta de ritmo, o que pode recuperar em algumas partidas. Fará muito sucesso em sua nova passagem aqui.

Apesar da boa entrada, Marlone, William e Souza não serão avaliados hoje, porque quero dedicar o restante do texto para ele, o nome do jogo, três gols e uma assistência, RICARDO “GOUL&ART” (Thalvanes dê o crédito de quem cunhou essa forma de escrever, por favor).

Só faltou fazer chover, o resto ele fez. Deslocou-se pelas várias partes do campo deixando tonta a marcação chilena. Estava muito bem posicionado nos dois gols de tiro de canto. Atirou-se em uma bola no primeiro gol da qual muitos jogadores teriam desistido e ainda assistiu Dagoberto no segundo gol celeste. Que jogador é esse? Pessoalmente humilde, mas humilhante aos adversários. Participou de quatro gols da goleada sonora aplicada no que podemos chamar de adversário mais difícil do nosso grupo. Fica então o recado e vou citar o Alexandre Matos: “Vamos atropelar” e vamos mesmo. Preparem-se! La Bestia Negra se levantou para reconquistar a América. Não cruzem seu caminho!

Saudações Celestes!