O Cruzeiro, e a Síndrome do Quase


“O jogo acabou há uns cinco minutos, então o que será redigido aqui vai sair com a raiva, e revolta de ter visto um time apático, desligado, omisso dentro de campo.” Trigésima terceira rodada, Fluminense não ganha e o Cruzeiro prestes a pegar  o São Paulo, nosso carrasco há seis anos. A esperança da torcida em vencer o jogo e chegar à liderança do Brasileirão.
 
O time entrou morno, sinceramente, não sei o que acontece com o Cruzeiro quando joga contra o São Paulo. O time pára, não joga, simplesmente assiste.

No início do jogo ficou clara a proposta do São Paulo. Jogar nos contra ataques. Mas jogava errado. Ao invés de puxar com Dagoberto centralizado, quem puxava era Fernandão que foi dominado algumas vezes.

Mas o time do São Paulo e seu treinador não são bobos, viram a Boulevard que o Sr. Jonathan deixava. Tudo isso porque este senhor que se diz lateral direito, estava sem condições de jojo. Subia para o ataque e não tinha forças para voltar, deixando uma passarela aberta na defesa. O São Paulo explorou este lado todo o primeiro tempo que mesmo com o Cruzeiro jogando mal ainda ficou equilibrado.

Veio o segundo tempo e nele a esperança de abrir o placar e mandar essa freguesia para o brejo. Ledo engano. O time não voltou. Viu o habilidoso Lucas passar como quis pela nossa intermediária e tabelando com Dagoberto, fez um go-la-ço no jogo. Deixando o São Paulo na frente.

Neste momento, “a vaca foi pro brejo de vez”. O time sentiu, parou de jogar. Cuca no banco de reservas, sinceramente, não sei o que ele esperava para mexer no time. Foi assim até tomar o segundo, num penalti inventado, semelhante ao marcado contra o time Celes no jogo que enfrentamos o Botafogo.

Dois a zero no placar o time entregue dentro de campo e sem substiuição. Colocar Roger, Farias e Wallyson faltando 15 minutos para terminar a partida e depois de tomar dois a zero, não adianta.

Há quatro rodadas o Cruzeiro não vem merecendo vencer, jogando mal, mas ganhando. Faltou ousadia, faltou raça, faltou vontade, faltou acreditar, faltou dizer aos jogadores e ao técnico que há um titulo nacional em jogo, faltou dizer que tinham oito milhões de torcedores acreditando que o time poderia fazer da noite da última quarta feira, um dia mais feliz. Fazer nosso time dormir com a liderança.

Infelizmente o time ficou mais uma vez, no quase. Quase; palavra esta que vem acompanhando o Cruzeiro já há alguns anos. O quase que nos deixa esperançosos no início e no meio, e com o gosto amargo da derrota no final.

Quase, palavra esta que se incorporou no time, em seus jogadores, treinadores campeonatos disputados e que tem esse significado: adv. 1. Não longe de, não distante de, muito perto de, muito próximo a. 2. Pouco menos de. 3. Com pouca diferença. 4. Por um triz que não.

Não longe do Fluminense. Não distante do Título, Muito perto de vencer o campeonato, muito proximo de deixar sua torcida feliz. A pouco menos de chegar bem ao final e com pouca diferença de pontos, mas que pode ficar por um triz, mais uma vez.

Cruzeiro Esporte Clube. O Clube do quase?