O coringa caiu


É difícil falar mal de Marquinhos Paraná. Justamente por isso que não o faço aqui, apenas ligo o alerta. Sempre presente, o jogador tem enfrentado um período complicado, é hora de descobrir o porquê.  

Marquinhos Paraná - Foto: VipCommAdílson Batista não vive a melhor de suas fases. O momento na carreira é de turbulência e com a falta dos resultados, começam a cair máscaras de oxigênio. Contudo, o treinador tem méritos inegáveis no comando da equipe. Ao chegar no Cruzeiro, trouxe consigo o atual meio de campo titular do time, que convenhamos, não vêm jogando bem.

Mas o jogador chave para essa queda não se machuca. Não é expulso e muito menos vai para o banco. Marquinhos Paraná infelizmente se perdeu. Na falta de um Alex, ele vinha sendo, com toda propriedade, o “maestro azul”. O volante distribuía bem as jogadas, marcava e não errava um passe sequer.

Jogador discreto, nunca foi alvo de especulações. Demorou a cair nos braços da torcida e quando o fez, nunca nos fez duvidar de sua capacidade. Entretanto, há algo de estranho no reino da Perrelice e parece que o clima tem afetado também Marquinhos Paraná.

De alguns jogos pra cá, seu desempenho caiu vertiginosamente. Ninguém sabe ao certo o que ocorreu e poucos parecem buscar explicações. O fato é que o trio de ferro de Adílson despedaçou-se. Não atribuo à fase nebulosa do nosso esquadrão a queda de Paraná. Mas no momento em que esteve mais forte todos que vestiam a camisa celeste estavam também.

Agora, todos buscam um salvador. Será que a entrada definitiva de Fabinho, como seu escudeiro, vai trazer de volta a concentração habitual à cabeça do jogador? É cedo para falar, mas o cruzeirense tem pressa. A eminente recuperação clamada por nós, abram os olhos, passa por ele.

Que os encarregados de desvendar esse mistério se empenhem. Para que o nosso coringa volte a se levantar e mostrar suas facetas.

Alexandre Lacerda, Cruzeirense chato, jornalista e tem 21 anos . Carrega consigo a postura de cobrança. Isso acontece desde que, aos 10 anos, entrou de mãos dadas com os jogadores e acostumou-se a ver o Cruzeiro sempre no topo.