23 jul O céu é o limite (Cruzeiro 2 x 1 Atlético PR – Campeonato Brasileiro 14ª rodada)
Salve, guerreiros!
Não sei se isso vai tornar-se uma constante, mas, é bom ver o Cruzeiro tendo poder de reação diante de resultados adversos. Jogamos duas vezes contra o Atlético do Paraná nesta semana, e duas vezes saímos atras do placar e precisamos reagir. Na Copa do Brasil, o empate nos bastava, e a Raposa buscou. No Brasileiro só a vitória interessava. Jogando em casa e diante de sua torcida, é importante não perder o contato com os ponteiros. Ainda temos confronto contra eles, e vitórias podem nos colocar em uma situação bastante confortável também no campeonato nacional. Estão deixando a gente sonhar.
O jogo
Desta vez o time paranaense não precisava do resultado e não se impôs como na última segunda. O Cruzeiro dominou as ações, como era de se esperar, e a proposta atleticana era jogar por uma bola. Ela veio em marcação de penalidade favorável ao time visitante. Lembrando que a essa altura, a Raposa já havia tido um gol de Barcos mal anulado pela arbitragem com a marcação de um impedimento. A virada celeste foi inevitável dado ao volume de jogo apresentado pelo time cinco estrelas.
Primeiro tempo
Um começo morno com o rubro-negro do Paraná bem fechado obrigando a Raposa ao burocrático toquinho de lado, toquinho para trás. Diga-se de passagem que isso impacienta bastante a torcida celeste, entretanto, há onze do outro lado nos obrigando a esse comportamento, e temos que aprender a entender esse fato. Assim como o time precisa descobrir como quebrar essa defesa. O gol paranaense surgiu em cobrança de penalidade convertida pelo ex-cruzeirense Guilherme. A vantagem do Atlético os fez recuar ainda mais, enquanto o Cruzeiro saiu até de forma desorganizada em busca do empate. Acabou cedendo espaço por onde o time visitante aproveitava para contra-golpear, muito pelo lado de Marcelo Hermes que ainda não justificou sua contratação.
Segundo tempo
Essa etapa da partida foi bem divertida. O Cruzeiro se organizou atras para atacar sempre com segurança e não chegou a sofrer ameaças reais do Furacão, que continuava limitando-se à defesa e busca do contra-ataque. Fechada e com o goleiro Santos em noite feliz, o Cruzeiro via o tempo passar, mas, seguia dominado o jogo. O gol parecia uma questão de tempo. Então Robinho resolveu desfilar seu repertório de passes. Rasteiros, cruzados, toques refinados, mas, foram duas bolas por elevação precisas que resolveram a parada. Na primeira, o camisa 19 da Raposa colocou a pelota na cabeça de Giorgian De Arrascaeta, que só teve o trabalho de empurrar no cantinho sem chance para Santos. A segunda foi um cruzamento magistral por trás da defesa paranaense, que reclamou demais do lance, mas, seria coisa para o VAR resolver. Como o sistema ainda não está disponível no Brasileirão, a suposta “falha” do bandeira número 1, compensou o erro do bandeira número 2 no primeiro tempo. Claro que este colunista não está pensando que um erro justifica o outro. Gostaríamos mesmo é que o VAR estivesse disponível e ambos os lances pudessem ser elucidados.
Guerreiro de ouro fica com Robinho. Quando por baixo não vai, ele fez pelo alto o caminho para os gols. Thiago Neves destoou da equipe que, no geral, se portou muito bem. Ele fica com nosso Guerreiro de lata. Agora, não posso deixar de salientar outros destaques: A dupla de Lucas, considerada por muitos a ideal fez uma partida muito consistente. Não é de hoje que o zagueiro Léo vem fazendo jogos excepcionais, ontem foi mais um. Raniel entrou muito bem, faltou pouco para deixar o seu. Não podemos deixar de falar também da importância de De Arrascaeta ter se tornado o maior estrangeiro em gols marcados, ao lado de Marcelo Moreno, e de quebra ainda torna-se também o maior artilheiro do Novo Mineirão, “suave suavecito” o uruguaio vai escrevendo história no Maior de Minas. A Raposa já figura no terceiro lugar na tabela, atras apenas de Flamengo e São Paulo, mas, como disse acima, ainda enfrentaremos ambos duas vezes podendo tirar a diferença. O céu é o limite, por mais improvável que pareça.
CRUZEIRO 2 X 1 ATLÉTICO-PR
Motivo: 14º rodada Campeonato Brasileiro
Data: 22/07/2018 (domingo)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte-MG
Público: 12.129 pagantes / 15.023 presentes
Renda: R$ 245.910,00
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima-RS (CBF-AB)
Gols: Guilherme, aos 39 min. do 1º tempo; De Arrascaeta, aos 20 min., e Hernán Barcos, aos 35 min. do 2º tempo
Cruzeiro: Fábio; Edilson, Léo, Dedé e Marcelo Hermes; Lucas Silva (Rafinha), Lucas Romero, Robinho, Thiago Neves (Raniel) e De Arrascaeta; Hernán Barcos (Bruno Silva)
Técnico: Mano Menezes
Atlético-PR: Santos; Jonathan, Wanderson, Paulo André e Nicolas; Bruno Guimarães (Matheus Rossetto), Lucho González e Guilherme; Nikão (Bruno Nazário), Pablo e Bergson
Técnico: Tiago Nunes
Cartões amarelos: Guilherme, Bergson e Nikão (Atlético-PR); Edilson (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Lucho González
A Raposa tem como próximo desafio o Corinthians em São Paulo. O time paulista, apesar de ter sido um dos times que mais perdeu jogadores na janela, nunca pode ser subestimado. Vencê-los, seria fundamental na manutenção da boa posição conquistada na tabela. Até lá, China Azul!
Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força!
Por: Álvaro Jr