01 nov O cerco quase perfeito de Itair Machado para comandar o Cruzeiro
Durante os primeiros meses do ano tudo parecia perfeito na Toca da Raposa. As vitórias largas, ótimas atuações, o título mineiro e o quase impecável aproveitamento na fase de grupos da Libertadores; levaram todos os torcedores cruzeirenses a acreditarem que esse seria mais um ano com grandes conquistas. Infelizmente, todos estávamos errados.
No dia 26 de maio deste ano, a reportagem produzida pelos repórteres Rodrigo Capelo e Gabriela Moreira mostrada no Fantástico trouxe à tona, de vez, toda a verdade por trás da gestão de Wagner Pires de Sá e Itair Machado. Na matéria, questões como uso de empresas de fachada, venda ilegal de menores, desvio de dinheiro e outros crimes foram expostos para o Brasil inteiro. A partir daí, o clube mergulhou de vez numa crise política, institucional e técnica sem precedentes. No entanto, parece que de fato, há males que vem para o bem.
Já há algumas semanas sem Itair Machado comandando o Cruzeiro, as coisas parecem começar a se acertarem. Por mais que a atuação de alguns jogadores deixem a desejar, vitórias importantes tem sido fundamentais, e o mais importante de tudo: A verdade continua aparecendo.
O cerco de Itair Machado
O último escândalo divulgado pelo Globoesporte.com; a matéria produzida pelo próprio Rodrigo Capelo, conta que após a reportagem do dia 26/05, o Cruzeiro adotou medidas para que houvesse um tipo de “manipulação de informação”. Isso devido ao fato de, segundo a apuração do Capelo, os dirigentes da Raposa terem comprado jornalistas regionais, que tinham grande influência no meio cruzeirense. Tal compra tinha por objetivo fazer com que tais jornalistas comprados divulgassem informações positivas e defendessem a instituição acima de tudo; trazendo parte da torcida para o lado da diretoria.
Na matéria, fica explícito que os profissionais comprados são três: Artur Vibrantinho, PC Almeida e João Carlos Felisberto. Todos bem conhecidos entre os cruzeirenses e que recebiam cerca de R$ 7 mil mensais do clube.
Portanto, fica claro que a ideia de Itair e seus companheiros sempre foi a de fazer com que tudo parecesse perfeito; e provavelmente isso aconteceria caso o Fantástico não tivesse publicado aquela reportagem. Afinal, ao comprar dirigentes, conselheiros, torcida organizada e parte da imprensa, o cerco perfeito começava a ser montado para que todas as falcatruas feitas pelo ex-diretor de futebol e sua trupe ficassem guardadas num baú de sete chaves.
Afinal, com todas as vertentes de um clube de futebol conspirando a favor de determinada diretoria, seria quase impossível a descoberta de todos os crimes por trás da gestão de Wagner Pires de Sá e Itair Machado. Felizmente, o tempo sempre é o senhor da razão, e a verdade pode tardar, mas nunca falha.