Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar


Salve China Azul!
 
Após as três últimas rodadas, em que o Cruzeiro venceu Ponte Preta e Palmeiras e foi derrotado pela Chapecoense, acompanhei dois comportamentos exacerbados nas redes sociais e nos meios de comunicação. Nos triunfos, uma exaltação e no revés, uma execração totalmente descabida para com o time do Cruzeiro. Aliás, como esse time tem feito jornalistas e torcedores tropeçarem na própria incoerência…
 
Bom, vamos aos fatos. O Cruzeiro nos três jogos se portou de forma diferente. Contra Ponte Preta e Palmeiras, um time aguerrido, jogando de forma inteligente e sabendo aproveitar – com irregularidades – as chances criadas. A essa altura, da condição de lanterna foi considerado candidato forte ao título. Porém, contra a Chapecoense, as coisas desandaram de vez. Apesar do bom início de partida, o time sentiu a saída de Henrique, que saiu lesionado.
A defesa, novamente, voltou a ser o calcanhar de Aquiles do Cruzeiro. Bruno Viana, Bryan, Lucas, Mayke, Gino, Bruno Edgar e Fabrício Bruno falharam em lances capitais que decidiram o certame.  No ataque, ao que parece, a espera por Sobis e Ábila será dolorosa. Apesar dos dois tentos assinalados contra o Palmeiras, Willian não engana mais. Rafael Silva, outro inoperante, foi emprestado ao Figueirense até o fim do ano. E Riascos só não é digno de dó pelo alto salário que abocanha.
O Cruzeiro, até então, nunca foi candidato ao título, muito pelo contrário. Desde o início do campeonato, sabíamos que as chances de um “dèjá vu” de 2015 eram grandes. Mas, em uma competição de nível técnico tão baixo, um time do tamanho do Cruzeiro, mesmo com todas suas limitações, tinha a obrigação de render mais. Não falo de disputa pela taça, mas, no mínimo, uma briga por vaga no G4. Acredito que a luta contra o rebaixamento vai depender muito e diretamente da vontade dos jogadores, afinal, contra Ponte Preta e Palmeiras ficou nítido que o time tem “algo mais” para oferecer.
 
À diretoria: eu não me esqueci de vocês. “Wanchope” Àbila e Rafael Sobis são duas boas contratações, mas, somente eles, não irão resolver os problemas. O Cruzeiro precisa ainda de dois laterais, um meio campista e um volante. Aos torcedores e imprensa: contenham seus ânimos. Imediatismo é sempre desnecessário.
 
Por fim, acredito que o Cruzeiro não irá figurar no Z4, mas também não acredito que será concorrente direto ao título e nem a uma vaga na Libertadores 2017. É se contentar com a “meiuca” da tabela e se planejar corretamente para a próxima temporada. Que o Cruzeiro alcance logo, mar tranquilo para navegar em um horizonte de conquistas. Amém?