21 ago Navegando em águas conhecidas: A trajetória do Cruzeiro para re-conquistar o Brasil
Salve salve China Azul.
Enfim, de volta a Copa do Brasil. Afinal, qual cruzeirense que se preze, não gosta da competição? E não é pelo fato de ser “a mais democrática do Brasil”, ou talvez por ser o “caminho mais fácil para a Libertadores”. A Copa do Brasil é a competição mais bonita do país, a competição mais Azul e Branca do Brasil, e todo esse charme se deve unica e exclusivamente por ter o NOSSO Cruzeiro Esporte Clube como o grande campeão. Vencedor de 4, das 24 edições, só está empatado com o Grêmio, concorrente duro, direto e complicado, não só para a Copa do Brasil, como também para o Campeonato Brasileiro. Com um elenco forte e um time bem montado, o Cruzeiro tem à partir de agora, um caminho sinuoso, mas do tipo que vale a pena cada pedra arrastada para fora da estrada, um caminho daqueles que sem dúvidas, vale a pena o pote de ouro ao final do arco-iris.
Eis que após anos e anos, a nossa querida CBF, resolve dar uma remodelada básica no calendário, e a Copa do Brasil, que nessa época em alguns anos anteriores já estava no fim, ou mesmo acabada, passa a contar novamente com os times que participaram da Copa Libertadores, aumentando consideravelmente a dificuldade e o tempo de duração da competição.
Após passar por CSA, Resende, e Atlético-GO nas três primeiras fases, o Cruzeiro faz o confronto das oitavas de final contra o Flamengo. Adversário mais que conhecido na competição. Após vencer o título de 2003 em cima do Rubro Negro, o Cruzeiro volta a se confrontar com o rival carioca pela Copa do Brasil, em circunstancias favoráveis para o nosso time azul estrelado. Na teoria, é o confronto do segundo colocado, contra o décimo segundo. É o encontro do time que goleou o São Paulo em seus domínios, contra o time que empatou com o São Paulo no Mané Garrincha, estádio onde vem mandando boa parte das suas partidas. Mas para a felicidade de todos os admiradores do futebol, a teoria ainda representa muito pouco neste esporte tão mágico.
O time do Flamengo, apesar de instável, vem sendo gradativamente evoluído com o trabalho do Mano Menezes. É um time que joga em velocidade, apostando nas jogadas individuais e na correria dos jovens jogadores de seu ataque. A nova safra do Flamengo tem alguns jogadores de qualidade, que em um dia inspirado, podem dar trabalho a defesa cruzeirense. Em contrapartida, o Flamengo é um time que deixa e muito o adversário jogar. Sempre descendo com muita consistência ao ataque, a defesa constantemente fica desguarnecida, neste aspecto, parece até um pouco com o time do Cruzeiro, mas com bem menos qualidade, sem dúvidas.
Se conseguirmos bater o Flamengo e passarmos das oitavas de finais, pegaremos o Botafogo ou possivelmente teremos um clássico contra o Atlético-MG já na próxima fase, depois disso, Fluminense, Goiás, Vasco ou Nacional, e até a final, poderemos pegar tantos outros times grandes e fortes na competição. Como disse, o caminho é sinuoso, mas vale a pena cada esforço para buscar o quinto título aqui para Minas Gerais. Time grande, que se preze, não pode escolher adversário, e cada batalha, será mais que possível de vencermos com o time que temos hoje.
São 10 anos desde o último título da Copa do Brasil, são 10 anos desde o último título de expressão que conquistamos. A China Azul não vê a hora de soltar o grito que está entalado na garganta, ainda mais depois de 2009, ou até mesmo de 2010, onde fomos visivelmente garfados. A China Azul não vê a hora de re-conquistar o Brasil, e tudo isso pode estar próximo.
O caminho já conhecemos, já passamos quatro vezes pela mesma estrada, já desbravamos de norte a sul, de leste a oeste, possivelmente já decoramos as coordenadas. Basta agora, que as velas e os ventos soprem em direção a glória, e que possamos mais uma vez, provar quem é o verdadeiro maior clube de Minas.