Não precisamos de parceria, mas sim de vergonha na cara


Dois meses após a Libertadores, nada mudou no Cruzeiro. O time não engrena por culpa de jogadores e técnico, torcida furiosa, especulaçõe…e diretoria que, além de contratar refugo, vem com papo de parceria com a Traffic…
 
A última parceria que eu me lembro, se não me engano, foi em 2000 com a tal Hicks Muse. Vieram Oséas, Sorín, Jackson, Zé Maria, Viveros, entre outros. Veio também o Felipão para técnico.
 
Muitos vão falar “ah, naquele ano vencemos a Copa do Brasil”, o que está certo. Mas de todos estes, só o Oséas teve destaque, artilheiro do torneio. O Sorín estava mal, só se recuperando após o Felipão chegar – e ele chegou depois da final, vencida pelo Marco Aurélio. Zé Maria, Viveros, Jackson…nenhum deles deixou saudades, e o que é pior, não renderam um centavo aos cofres do Cruzeiro.
 
Vale lembrar também que esta “parceria” não foi suficiente para o Cruzeiro vencer a Libertadores de 2001, que perdemos graças a dois fatores. O primeiro: o Felipão pediu a contratação do Arce, lateral direito, que estava sem contrato, mas o Cruzeiro recusou porque achou que ele estava velho – 32 anos – mas este “velhinho” no jogo decisivo, com dois cruzamentos, saíram dois gols do Palmeiras. O outro fator? Nos pênaltis, o Jackson (ele mesmo) chuta a bola na lua.
 
Em resumo, é o seguinte: não sou contra parcerias, desde que o Cruzeiro tenha algum lucro para se manter depois que a parceria resolver sair – não quero que aconteça como o Corinthians, que após a saída da MSI deu no que deu.
 
Ah, é claro, assinar uma parceria não significa que, da noite para o dia, a diretoria, a comissão técnica e os jogadores, de repente, vão voltar a atuar como homens de verdade. Dinheiro de parceria não compra vergonha na cara.
 
Raça, vontade de vencer, respeito à camisa, respeito à torcida, respeito ao salário, isto meus amigos, não se compra com dinheiro nenhum no mundo. É DISSO QUE O CRUZEIRO PRECISA HOJE.