Não dá para crucificar a garotada


Salve nação celeste! Perdemos para o Goiás. Já era esperado, pois sabíamos que seria difícil. Todavia, a partida merece ser analisada com alguns cuidados, pois torcedores mais exaltados podem achar que os resultados dos garotos no Brasileirão mostram que eles não servem para o Cruzeiro.

Em primeiro lugar, o time do Cruzeiro  que enfrentou o Goiás foi um catadão misturando reservas, jogadores precisando de ritmo de jogo e juniores. Alguns atletas, como Vinícius, jogaram fora de posição. Como esperar uma boa partida de um time organizado assim?

Poderia então se criticar as escolhas do nosso técnico, mas a situação especial que vivemos exige isso. Vivemos a possibilidade real de vencermos uma Libertadores, nossos jogadores têm sofrido com lesões e não podemos arriscar perder ninguém. Adílson escalou o que tínhamos de melhor para a partida, fora os titulares, mas infelizmente não deu certo.

E não deu certo não por deficiência técnica dos jogadores. Vencer o Goiás no Serra Dourada é difícil. Ano passado nosso time titular sofreu 3 a 0 em 15 minutos enquanto ainda tinha esperanças de título, só para dar um exemplo. Faltou entrosamento entre os atletas, o que refletiu na falta de criação de jogadas ofensivas, por exemplo.

Mesmo assim vimos uma atuação sólida dos garotos, especialmente os do setor defensivo. O único gol do Goiás foi marcado de bola parada e, se não fosse esse lance isolado, poderíamos ter empatado a partida. Andrey foi bem no gol mais uma vez. Anderson e Luisão foram bem na zaga. Quem ficou devendo um pouco foi o setor ofensivo do Cruzeiro, natural, já que se tratava de um time que nunca jogara junto.

Só teremos mais um jogo pelo Brasileirão antes do fim da Libertadores. Será justamente o clássico contra o Atlético-MG. Não sabemos se os jogadores terão uma nova chance, o que nos leva a querer fazer uma análise de como foi a experiência de colocá-los em campo neste início de Brasileirão. E o resultado da experiência foi satisfatório. Embora não tenham formado uma equipe forte, capaz de fazer boas partidas,  a maioria dos garotos mostrou que, individualmente, já podem ser bastante utéis ao Cruzeiro nas situações em que precisarem ser solicitados.