Na bola e na raça, pra calar quem deveria ser imparcial


Na bola e na raça, pra calar quem deveria ser imparcial - Fotos: VipComm

Dagoberto cobra bem o pênalti e garante uma justa vitória, para tampar a boca dos que não respeitam o Cruzeiro Esporte Clube.

Amigos leitores, fiquei quase três meses sem escrever no Guerreiro dos Gramados. Isto não significa que abandonei o time ou que deixei de acompanhar as partidas do nosso amado Cruzeiro Esporte Clube.

Não é de hoje que tenho uma opinião bastante clara – nesta temporada 2013, estamos muito, mas muito melhores que em 2011 e 2012. Entretanto ainda há pontos a serem resolvidos. E não falo para “criticar”, mas para “destacar” que, com algumas melhoras, o Cruzeiro vai voltar, definitivamente, ao seu lugar de direito, disputando os títulos importantes com chances reais de conquistas.

Ainda me lembro da minha revista Placar de janeiro de 2004, uma matéria com Alex, o Talento Azul, que resumiu em textos cada um dos jogos do Brasileirão de 2003. Logo no primeiro jogo – empate no Mineirão por 2×2 contra o São Caetano – o nosso eterno ídolo escreveu que teve uma conversa com Aristizábal e Deivid, na qual eles concordaram que, se o Cruzeiro acertasse a defesa, o time seria campeão.

Ou seja, até mesmo o capitão e craque, do melhor Cruzeiro dos últimos tempos, reconheceu os pontos que deveriam ser ajustados para as vitórias.

Voltando a 2013, é inegável que o técnico Marcelo Oliveira deu uma nova dinâmica ao time, que está jogando bem, com toque de bola e organização. Prova disto foi o jogo de ontem. Tirando as várias bolas lançadas ao Alexandre Pato – quase todas defendidas por Fábio, que está em excelente fase – o Corinthians praticamente não teve destaque no setor ofensivo, especialmente no segundo tempo.

Ainda acho – e estou apenas passando a minha opinião, não estou criando polêmica – que Marcelo Oliveira precisa rever alguns pontos. Diego Souza, por exemplo, tem talento e potencial, mas continua um “vagalume, de vez em quando aparece”, pode ser substituído por Élber quando for necessário. Everton Ribeiro, desde as finais do Campeonato Mineiro, não está rendendo o mesmo futebol do início do ano, acho que está muito pela direita, deveria ficar na esquerda ou pelo meio. Luan e Anselmo Ramon – que ontem até tiveram boa atuação – não podem atuar juntos, como contra o Botafogo.

Além destes, destaco os laterais. Ceará tem experiência, mas Mayke está aí, “pedindo passagem”, melhor que o titular. Egídio assumiu a esquerda, mas ainda passa sustos na torcida a cada bola que ele tenta passar para o companheiro de time. Não podemos deixar de lembrar que, por causa de falhas individuais dos dois laterais esquerdos do time (Egídio e Everton) sofremos dois gols nas finais do Mineiro que custaram o título.

Ainda bem que o time está encaixado, tem esquema definido e peças de destaque. Ontem Dedé e Bruno Rodrigo foram seguros na defesa, Nílton eficiente na antecipação e nos desarmes, e Dagoberto em grande fase, mostrando o acerto na sua contratação e a categoria dos grandes jogadores. Pênalti no final de partida tensa e decisiva, ele pega a bola e converte a cobrança em gol, exatamente como manda o figurino – forte, rasteiro e no pé da trave.

E “pego carona” no pênalti, na vitória e no excelente resultado para “emendar” a polêmica da semana, que aliás se repete há vários e vários anos – a falta de respeito que o Cruzeiro tem dos meios oficiais de imprensa. Exemplos da tendenciosa imprensa mineira a favor das frangas, existem aos montes. É possível escrever uma enciclopédia inteira com vários livros, um para cada ano, desde que os jornais, a TV e o rádio existem.

Esta semana vi vários. A derrota do Cruzeiro para o Botafogo foi classificada como “infantil” por um conhecido repórter de uma rádio. A mesma rádio, quando falou da derrota das frangas para o Coritiba, considerou o resultado “acidental”. Veja que existe uma clara diferença nas palavras, porque “infantil” é muito mais pejorativo que “acidental”.

Isto sem contar as muitas vezes em que a verdade é omitida e também alterada. Outro dia Guilherme, aquele mesmo que ajudou o Cruzeiro a enfiar 5×0 em 2008, criou uma polêmica com seu empresário, dizendo que é atacante e não meia. Pois é…mas antes do jogo de ontem, aquele outro conhecido repórter, da mesma rádio, disse que Guilherme ia jogar contra o Vasco “na sua posição, mais adiantado, encostando nos atacantes”. Ora, pra mim isto é alterar a verdade.

Aposto que “daqui a pouco” vai aparecer um torcedor das frangas, dizendo que “é mania de perseguição” entre outras desculpas. Aliás, esta reação é natural – todo mundo que já passou perto de uma granja sabe, a galinha só chama a atenção quando bate asas e cacareja.

O que digo é o seguinte: uma vez, um grande amigo meu – atleticano, por sinal – disse que conhece uma pessoa de um daqueles “jornais de 25 centavos” que existe em Belo Horizonte. Este cara do jornal disse “na cara” que as manchetes das notícias sempre são feitas para “levantar o nome do time alvinegro” e “chamar a torcida”.

E a absolvição do jogador que deu uma cabeçada em Leandro Guerreiro? Além de absurda, do ponto de vista das imagens e da lei, a imprensa mineira simplesmente não deu destaque ao lance, abafando o caso.

A resposta para isto está dentro de campo. E a torcida tem que se unir contra estas injustiças que são feitas contra o Cruzeiro.

Vamos em frente. #FechadoComOCruzeiro Nossa Torcida, Nossa Força!

Abraços a todos.