Mostrar a que veio


Finalmente o Cruzeiro conseguiu emplacar uma vitória – sofrida, diga-se – nesse campeonato brasileiro. Em alguns pontos da trajetória eu até pensei que o empate seria nossa sina, mais uma vez. Felizmente Montillo mostrou que, apesar do caos aéreo que ronda o time, ainda tem faro de gol, e deixou o seu para salvar a pátria mãe gentil.

Como já era o esperado, Joel Santana conseguiu uma vitória. Mas foi uma vitória daquelas que provou que o problema não é o treinador, não mesmo, como vem sendo falado há séculos nesse estimado portal pela minha pessoa. Papai Joel mostrou que tem sobriedade e seriedade, apesar de seu inglês macarrônico, que, acredito, não precisará ser usado na Toca, e deu ânimos à torcida de que um bom trabalho pode ser feito. E eu, por mais que adore Cuca e Titio AB (in memorian futebolística nesse momento), não sou daquelas que fica torcendo para o próximo se ferrar só para bradar aos quatro ventos que “eu avisei”. Agora que a gira girou, tô com Papai Joel pro que der e vier, de corpo, alma e coração – e usando o boné que ganhei do Facebook Oficial do Cruzeiro, autografado pelo treinador. Hehehe.

Sobre o desafio de hoje, o negócio é o seguinte: o Vasco é moleza. Pior que é mesmo. O Vasco, do meu grande amigo Gualter e do meu grande avô e de mais algumas pessoas que não me lembro, mas que são vascaínas também, não é aquela “brastemp” faz tempo (se é que um dia já foi). É um time aguerrido, sim; afinal, somente isso explica começar os trabalhos em 2011 de forma abaixo do medíocre e terminar campeão da Copa do Brasil. Vaga segura para Libertadores, ok, e o Vasco definitivamente não é o time que vai brigar pelo Campeonato Brasileiro, simplesmente porque não tem elenco para tal façanha.

E o Cruzeiro tem a obrigação de recuperar o tempo perdido e acreditar na sua sorte, mesmo porque, se ganharmos essa rodada, ficaremos a apenas dois pontos do próprio Vasco, que atualmente contabiliza 11 e figura no quinto lugar da tabela. O mundo nesse inicinho de Campeonato Brasileiro (que já está caminhando para o “meio”) é belo por causa disso: ainda dá tempo. A gente teve os tropeços, os outros times lá de cima não tiveram, ou tiveram poucos, e esse é o momento onde tudo pode acontecer. Lembra-se do Flamengo de 2009? O Cruzeiro tem plantel para chegar lá em cima e brigar com os grandes, que, até onde eu saiba, não foram comparados com grandes times europeus. Nossa chance, definitivamente, é agora.

(PS: para a alegria geral da galera, hoje meu texto vai ser pequenininho e doce como o mel, mesmo. Não tenho lá tanta coisa para falar, porque o estilo de jogo do Cruzeiro vem me deixando com preguiça até de escrever sobre futebol. Vamos ver se depois de hoje não acende uma luz natalina em pleno junho nesse povo todo para que eles possam desenvolver alguma coisa. Papai Joel taí, e a ausência de Cuca era o que grande parte da torcida pedia para reavivar o time. Então vamos botar fé nisso aí e acompanhar até o fim. Afinal, “o rei está morto; vida longa ao rei!” E #CruzeiroSempre)