10 set Marcelo Oliveira: O nome certo pelo senso comum?

Estive presente no Mineirão na tarde de 8 de Setembro, presenciando mais uma vitória do líder do campeonato sobre o retrancado Flamengo. Então ouvi muitos cruzeirenses, mesmo com a vitória, reclamarem de Marcelo Oliveira, dizendo não ser esse o melhor nome para o time, se não fosse seu estilo de jogo, não estaríamos fora da Copa do Brasil, eliminados pelo próprio Flamengo, jogando com essa mesma retranca que apresentaram no domingo em Minas.

Às vezes, impressionado com a quantidade de reclamações e indagado pelo motivo, perguntava: “quem seria o melhor técnico então?”. A resposta era, na maioria esmagadora das vezes, Muricy Ramalho. Que não é mais uma realidade, posto que assumiu no dia 9 deste mês o cargo no São Paulo.

Mas seria mesmo necessária a troca dos chefes? Os erros que Marcelo comete seriam tão graves assim? Vale a troca da filosofia de jogo?

A troca tem suas partes boas e ruins: poderíamos ter a melhoria dessa retranca optada pelo técnico corrente, além de certas teimosias com esquemas e jogadores. Mas isso tudo não é maior para mim que a perda da união e da forma de jogar que impera no grupo. Não nos esqueçamos que o Cruzeiro saiu da Copa do Brasil dando um enfoque enorme no Campeonato Brasileiro, cujo torneio é líder isolado, vencendo o primeiro turno. E isso tudo foi feito na filosofia de jogo de Marcelo.

O Cruzeiro tem uma média baixíssima de derrotas e empates, ganha a maioria dos seus jogos, teve chances no Campeonato Mineiro, desperdiçou ou abdicou da Copa do Brasil para o Brasileiro. Não é o momento de uma troca, não há motivos para uma mudança que pode ruir o grupo.