Lutar por um final de ano com dignidade


Depois de três vitórias seguidas, a meta é vencer a última partida do ano, para encerrar 2012 com um pouco mais de honra.

Amigos leitores, as três últimas vitórias do Cruzeiro, em sequência, devolveram um pouco (e bem pouco mesmo) a alegria ao torcedor.

Nem tanto pelo futebol produzido. Partida sofrida contra o Bahia, com a vitória de virada sendo arrancada aos pés de Martinuccio. A inesperada “água no chope” do Fluminense também deve ser vista com olhos menos otimistas, o campeão não jogou tudo o que pode e o Cruzeiro jogou leve e sem responsabilidade.

Vencemos um Coritiba que estava no melhor estilo “Feliz 2013”, uma equipe limitada com remotas chances de ser rebaixada, que não foi páreo para um Cruzeiro estável na defesa (graças à excelente atuação de Leandro Guerreiro, de longe o melhor defensor nesta temporada) e com boas atuações dos jogadores de meio de campo.

Até Wellington Paulista, quem diria, fez uma partida “nota 6,5 ou 7”. Ele ainda é o mesmo “cai cai”, o mesmo “marrento”, o mesmo “marqueteiro”, e que, por isto mesmo, não tem nenhum crédito com a torcida e não merece mais vestir a camisa do Cruzeiro.

Se ele jogasse sempre como contra o Coritiba, a história seria outra, tanto para a sua carreira quanto para o nosso time. O problema é que a “boa” atuação foi mais uma “exceção”, pois a “regra” é o que estamos vendo nos últimos três anos – gols apenas contra times pequenos, futebol de pouca produção, muita firula e muita briga para não fazer nada.

Agora, estamos na semana do “clássico”, palavra que deve ser escrita assim mesmo, entre aspas, porque não existe comparação entre um clube como o Cruzeiro e o “maior time de Segunda Divisão de Minas Gerais”.

Somos conhecidos no mundo inteiro, vencedores de 2 Libertadores, 4 Copas do Brasil, 2 Brasileiros e 2 Supercopas. O outro não ganha nada de importante há mais de 40 anos e, pelo número de títulos que tem, é do mesmo tamanho e importância que Bahia e Guarani, menor que o Sport (tem uma Copa do Brasil) que o Atlético-PR (chegou em final da Libertadores) e Coritiba (chegou em duas finais de Copa do Brasil).

Se fosse considerar apenas “a história, os títulos e a importância no futebol” não existe outro resultado lógico a não ser a vitória, com direito a goleada, assim como o 5×0 de 2008, o “replay” do 5×0 em 2009 e o humilhante 6×1 do ano passado.

Só que, dentro de campo, as coisas sempre são diferentes. Isto para não contar os fatos de bastidores, que vira e mexe são usados como “provocação” antes do jogo, ou como “desculpa” depois do resultado.

Aliás, é bom lembrar que, no quesito “provocação”, vale a máxima do “toda arrogância será castigada” e, neste ponto, o atleticano sempre apanha no final. Todos se lembram de 2011, última rodada, partida valendo a sobrevivência do Cruzeiro na Primeira Divisão. Noventa minutos depois, “voSEIS” viram o resultado.

Este ano, a mesma “arrogância” foi penalizada, a “máquina 2012” travou, e entrou em cena o “time refrigerante pet 2 litros”, aquele que chega na metade e acaba o gás.

Sou cruzeirense e sempre torço pelas vitórias do Cruzeiro, mesmo nas condições mais contrárias. Mas devo ser realista, sou obrigado a analisar o futebol apresentado pelas duas equipes ao longo do Brasileirão, a colocação atual na tabela e o fato de que o “Independenciazinho” vai estar todo pintado de rosa.

Por estes motivos, até acho que, no “clássico” do próximo domingo, existe uma pequena vantagem pendendo para o lado mais sofredor da cidade. Pode ser que aconteça um empate, como no primeiro turno, porque estas partidas sempre são difíceis. Na minha opinião, uma vitória do Cruzeiro, somente se for daquelas apertadas, tipo 2×1 ou 3×2.

Mas, como disse acima, os bastidores também entram em campo. E tenho uma informação para dividir com os leitores.

Aqui no meu local de trabalho, um dos meus colegas é atleticano “doente”, no puro sentido da palavra, fanático que comemora tudo antecipado e depois chora, como sempre. Ano passado, depois do 6×1, ele me disse que viu uma “reunião” acontecendo no Belvedere, bairro de Belo Horizonte, entre Zezé Perrella e Alexandre Kalil, com representante(s) do BMG.

Na teoria, estavam acertando alguma coisa para o jogo ser “manipulado” – aquilo que, até hoje, não se sabe ao certo o que aconteceu de verdade.

Pois este mesmo colega de trabalho me avisou, há mais de um mês – ou seja, o Cruzeiro estava longe de se livrar de riscos e as frangas ainda estavam disputando o título – que ele tinha uma “fonte confiável”, o resultado do próximo domingo já estaria acertado, agora em favor do time cor de rosa, para devolver a humilhação de 2011.

Ele me disse que seria vitória de SETE. “Sete”, todos sabem, é conta de mentiroso.

Se isto é verdade, só posso dizer com provas definitivas, que não tenho. Estou apenas contando aquilo que ouvi. É esperar para ver.

Abraços a todos.

Nota final 1) não posso deixar de lembrar de Alex Alves. Cada torcedor deve ter suas “histórias” e tenho uma para lembrar. Em 1999, véspera de “clássico”, apostei 1 cachorro quente e 1 refrigerante na vitória do Cruzeiro, com um colega de faculdade. Antes do jogo, teve rodada do Brasileirão, o Cruzeiro perdeu e as frangas venceram. Ele perguntou se eu ia manter a aposta e eu disse “eu dobro”. Veio o jogo, 3×0 pro Cruzeiro com show de Alex Alves e o lanche estava garantido…rsrsrs…

Nota final 2) que Diego Souza é um bom jogador, ninguém discute. Mas, pelo que já vi da carreira dele, vou deixar minha opinião e depois os leitores podem vir me cobrar: quando Diego Souza é bem treinado e tem outros jogadores no elenco para “dividir responsabilidade” ele joga bem, como no Palmeiras de Luxemburgo, Valdívia e Kléber, e o Vasco de Felipe, Juninho e Ricardo Gomes. Por outro lado, se ele pegar um técnico mediano e for contratado para ser “o cara, a referência, o craque” ele vai “afinar”, porque para mim ele é um dos maiores “paga pau” do futebol, foge da responsabilidade e se esconde quando mais se precisa.

Nota final 3) ainda falando de técnicos, do Marcelo Oliveira eu já disse, não tem currículo nem moral para pegar este elenco do Cruzeiro. Jorge Sampaoli, na La U, montou um time de toque de bola, seria um bom nome. No último final de semana ouvi duas histórias. Uma, do Jorge Fossati, que treinou a LDU e não deu certo no Internacional, ou seja, não é aqui que vai funcionar…a outra história é Mano Menezes, que saiu da Seleção Brasileira…na boa, sei que muita gente vai “torcer o nariz” mas acho uma boa, treinar seleção é uma coisa, treinar time é outra, e Mano Menezes fez bons trabalhos onde passou…só espero que a torcida não me jogue pedras nas ruas.

Fotos: VipComm