Kléber, O Gladiador Azul



Salve Guerreiros. Estamos novamente extasiados com mais uma grande vitória sobre o 2º clube de Minas Gerais, 10ª vitória nos últimos 11 jogos contra eles.

No último domingo o resultado não era tão esperado ou previsto como no jogo do dia 27/04/2008, já que o Atlético tem o artilheiro do campeonato com 16 gols e como tanto arrotaram terminaram a primeira fase na liderança e chegaram pra a fase final com a vantagem do empate nos dois jogos. Vantagem essa que não valeu de nada na final, pois mais uma vez perderam de 5 X 0. Aliás, como disse o Leão, perderam não, apanharam de 5 X 0.

Nessa partida, a exemplo de várias outras, um jogador em especial me chamou a atenção. Um certo atacante que usa o uniforme de número 30 e atende pelo nome de Kléber. Atleta  adquirido no início do ano em uma bela transação que envolveu o atacante Guilherme. K30 como é conhecido, desde a sua estreia vem demonstrando raça, bom futebol, respeito ao manto celeste e à instituição Cruzeiro Esporte Clube e é o artilheiro da equipe no Campeonato mineiro com 12 gols.

No primeiro jogo da final do Mineiro entrou muito bem, sempre procurando o jogo e chamando a responsabilidade. No início do jogo Kléber já teve uma grande chance, chutando com a perna esquerda, mas o goleiro Juninho defendeu, cedendo o escanteio.

Em um outro lance de contra-ataque Ramires no grande círculo toca para Thiago Ribeiro já no campo de ataque, ele carrega a bola com mais três toques. Enquanto isso Kléber avança para o ataque, é derrubado, levanta, dá mais um pique e não domina muito bem a bola tocada por Thiago Ribeiro, a bola sobra para Wagner, e com um toque genial de calcanhar esquerdo deixa Kléber na cara do gol, ele bate novamente com a canhota, mas dessa vez a bola estufa a rede. 1 X 0 para o Cruzeiro. Como forma de desabafo e chacota, Kléber comemora imitando uma galinha em frente à torcida atleticana (o que me faz lembrar o Paulinho McLaren, que fez o mesmo gesto) e logo após ironizou o choro atleticano, levando o cartão amarelo. E sobre isso quero argumentar um pouco, sobre as polêmicas acerca dessa comemoração.

Primeiramente, sobre o cartão amarelo recebido pela “comemoração excessiva”. Estão acabando com a irreverência do futebol brasileiro, foram-se os tempos em que o jogador tinha o seu espaço após o gol para extravasar sua alegria, brincar com a sua torcida ou fazer chacota com a torcida adversária, alimentando assim a rivalidade dos clubes. Como bem exemplificou o próprio Kléber:

 – Antigamente, Viola imitava porco, Paulo Nunes colocava máscara, e eu adorava isso. Todo mundo adorava. Eu tenho certeza. Todos nós que temos nosso time de coração gostávamos. Era a alegria do futebol. Hoje, todo mundo se sente ofendido, fica com raiva. É cartão, é polêmica. Acho uma coisa muito chata.

Outra coisa é  hipocrisia de alguns atleticanos afirmando que aquela comemoração pode gerar uma guerra entre as torcidas. O curioso é que o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, chama os dirigentes do Cruzeiro de palhaços, ofende a torcida cruzeirense, desacata a Federação Mineira de Futebol e esses mesmos atleticanos acham lindo e o idolatram. Vamos ser mais coesos senhores atleticanos.

Voltando ao jogo, Kléber continuou mostrando muita raça e disposição, protegendo muito bem a bola, fazendo tabelas, dando lindos passes, puxando a marcação e finalizando pro gol.

No segundo tempo foi substituído por Wellington Paulista, e o Gladiador saiu ovacionado pela China Azul:

-UH, TERROR ! O KLÉBER É GLADIADOR !!!

Saudações Celestes