Ir para a “Ponte que caiu…”


Está complicado Guerreiros. Assim como muitos de vocês, fui ao Independência contando com uma vitória tranquila, sem sofrimento, ainda mais depois da melhora apresentada contra o Palmeiras na outra semana. Ledo engano. Vimos o Cruzeiro errante, atolado em suas falhas individuais e coletivas que culminaram com a derrota vexatória para a Ponte Preta.

Deixei o Independência em níveis extremos de frustração. Misturando raiva com a decepção, fui colocar a cabeça no lugar, já mais calmo, só na manhã da segunda. Lembro-me que durante os 90 minutos mandei diversos personagens, da pífia partida, irem para a “Ponte que caiu”, se é que você me entende. Sei que tantos outros guerreiros compartilharam essa amargura.

Sim pessoal, para lá mesmo. Porque não consegui pensar em outro lugar pior que pudesse aglutinar tão ínfima credibilidade que esse time vem merecendo. Envergonha-me o fato de que uma equipe buscando algo realmente sério em um campeonato perca para um rival inferior tecnicamente, em seus domínios, com as arquibancadas lotadas e atuando de forma medíocre, esbarrando em falhas mais do que diagnosticadas. Qual a credibilidade? Qual a moral querem os jogadores do torcedor? Nenhuma. Fazem uma partida boa e outra tão medrosa, empilhando falhas individuais e coletivas. Após a partida de domingo constatei que a realidade é essa aí e o verdadeiro erro está em nós, ao acreditar que alguma mágica vai acontecer de súbito. Somos um time irregular, que não vai conquistar nada além do que duas vitórias aqui, uma derrota ali, um empate acolá. Um mero lugar no meio da tabela.

Friso o aspecto credibilidade porque domingo alguns nomes perderam as suas respectivas comigo. Não que isso vá mudar os zeros em suas contas bancárias ao final do mês ou que Celso Roth “tocará o terror” em tentativa de mudança. Não mesmo. Mas certas coisas precisam ser ditas, de forma constante até. É bom que se dê nome a alguns bois dessa boiada.

Fábio já fez defesas brilhantes. Garantiu triunfos, pegou pênaltis, abençoou vitórias com suas pregações e já falhou como qualquer ser humano. Entretanto, no domingo ele foi mais uma vez aquilo que me irrita ao máximo: falho quando MAIS se precisa dele. Desculpem as Fabionetes que se sintam ofendidas (os), mas tem sido assim.

Domingo era jogo para ganhar. Se não deu pra evitar o sofrimento, pelo menos ao conquistar o suado empate era a hora de partir pra cima e dar tranquilidade em busca do gol da virada. E o que acontece? Uma falta horrorosa, cobrada do meio da rua, colocada para dentro em uma falha tosca. Sou um péssimo goleiro, mas não se falha em uma bola daquelas, sinceramente. Eu não vejo o Márcio, goleiro do laterna Atlético Goianiense tomando um gol daqueles. Sabem por que não? Porque é a típica bola que chega até o goleiro que a segura em pé, no máximo ajoelhado, com as duas mãos, já ligando um contra-ataque na reposição. Porque Fábio toma gols e comete falhas assim? Do que adianta enaltecermos um jogador da forma que se faz com o Fábio e simplesmente esquecer suas falhas? Ele é nosso goleiro, não nosso filho, que a gente passa a mão na cabeça. E olha que nem vou entrar no âmbito da falta de conquistas. Fato é que a meu respeito ele não tem mais. Chega. Chorem, contem pra ele se quiser. Pode até assumir as falhas e pedir desculpas – é o mínimo que faz – mas passar a mão na cabeça já não está dando mais.

Falando em mãos, quero deixar também minhas palmas para o trabalho de encenação que fez o Falcão das Alterosas, o craque Charles. Vaiado, diga-se merecidamente, já não é de hoje. Passes ridículos, erros infantis, entregadas ainda maiores e algumas pegadas mais fortes pelo meio campo. Essa tem sido a tônica do jogo de Charles, que protagonizou cena ridícula ao discutir com Celso Roth e clamar por mais vaias durante a partida.

Ele precisa entender que se foi vaiado, uma razão existe. Ou se isso for muito difícil, ficar quieto e jogar bola, o que não faz desde 2008. Em um time com outros nove volantes no elenco julgo não ser tão difícil tomar um bom chá de banco. É outro jogador que perde meu respeito, pois tem feito pouco para tê-lo.

E por falar em chá de banco, Wallyson parece não ter colocado muito açúcar no dele. Fico sem entender: como um jogador que fica excluído por tanto tempo, tem uma chance, joga um bom futebol e quando conta com tudo a seu favor para brilhar mais uma vez, chuta tudo para escanteio? Esse é o nosso atacante Wallyson.

De partida participativa e cheia de vontade contra o Palmeiras a uma atuação medrosa e escondida contra a Ponte. Escondida mesmo, porque era notável a forma como Wallyson se enfiava entre os zagueiros, parecendo não querer nada com seu instrumento de trabalho, a bola. Tímido, sem participação e vontade, não deu opção e errou demais, voltando a ser o Wallyson de sempre. Como disse talvez errado seja o torcedor, em acreditar demais, botar muita fé.

Então todo mundo é ruim, o time todo é um lixo? Não. Porém também não me passa credibilidade, não consegue ser regular o mínimo que se preze. E assim fica muito difícil lutar por algo sério no campeonato. Culpados são todos, do presidente de Elifoot Gilvan Tavares, do sem-norte Celso Roth, até os “fenômenos” que entram em campo. Eles que colocam o Cruzeiro nessa situação, é necessário que tirem.

Sem ilusão, já não me surpreendo mais a partir dessa última rodada. A verdade é que temos um time irregular, que vai ganhar algumas partidas e perder outras mais, seguindo sua constante montanha-russa de instabilidade. Sem passar a credibilidade de que quer ou é capaz de algo da grandeza do Cruzeiro. Mesmo de gosto amargo, é a realidade. Nessa toada, reveja suas expectativas ou apenas as confirme. Infelizmente ainda vamos terminar outros jogos do Cruzeiro mandando muita gente para a “Ponte que caiu…”.

[Rádio] Guerreiros em Debate: 06/08/2012

Foto: VipComm


Ir para a “Ponte que caiu…”


Está complicado Guerreiros. Assim como muitos de vocês, fui ao Independência contando com uma vitória tranquila, sem sofrimento, ainda mais depois da melhora apresentada contra o Palmeiras na outra semana. Ledo engano. Vimos o Cruzeiro errante, atolado em suas falhas individuais e coletivas que culminaram com a derrota vexatória para a Ponte Preta.

Deixei o Independência em níveis extremos de frustração. Misturando raiva com a decepção, fui colocar a cabeça no lugar, já mais calmo, só na manhã da segunda. Lembro-me que durante os 90 minutos mandei diversos personagens, da pífia partida, irem para a “Ponte que caiu”, se é que você me entende. Sei que tantos outros guerreiros compartilharam essa amargura.

Sim pessoal, para lá mesmo. Porque não consegui pensar em outro lugar pior que pudesse aglutinar tão ínfima credibilidade que esse time vem merecendo. Envergonha-me o fato de que uma equipe buscando algo realmente sério em um campeonato perca para um rival inferior tecnicamente, em seus domínios, com as arquibancadas lotadas e atuando de forma medíocre, esbarrando em falhas mais do que diagnosticadas. Qual a credibilidade? Qual a moral querem os jogadores do torcedor? Nenhuma. Fazem uma partida boa e outra tão medrosa, empilhando falhas individuais e coletivas. Após a partida de domingo constatei que a realidade é essa aí e o verdadeiro erro está em nós, ao acreditar que alguma mágica vai acontecer de súbito. Somos um time irregular, que não vai conquistar nada além do que duas vitórias aqui, uma derrota ali, um empate acolá. Um mero lugar no meio da tabela.

Friso o aspecto credibilidade porque domingo alguns nomes perderam as suas respectivas comigo. Não que isso vá mudar os zeros em suas contas bancárias ao final do mês ou que Celso Roth “tocará o terror” em tentativa de mudança. Não mesmo. Mas certas coisas precisam ser ditas, de forma constante até. É bom que se dê nome a alguns bois dessa boiada.

Fábio já fez defesas brilhantes. Garantiu triunfos, pegou pênaltis, abençoou vitórias com suas pregações e já falhou como qualquer ser humano. Entretanto, no domingo ele foi mais uma vez aquilo que me irrita ao máximo: falho quando MAIS se precisa dele. Desculpem as Fabionetes que se sintam ofendidas (os), mas tem sido assim.

Domingo era jogo para ganhar. Se não deu pra evitar o sofrimento, pelo menos ao conquistar o suado empate era a hora de partir pra cima e dar tranquilidade em busca do gol da virada. E o que acontece? Uma falta horrorosa, cobrada do meio da rua, colocada para dentro em uma falha tosca. Sou um péssimo goleiro, mas não se falha em uma bola daquelas, sinceramente. Eu não vejo o Márcio, goleiro do laterna Atlético Goianiense tomando um gol daqueles. Sabem por que não? Porque é a típica bola que chega até o goleiro que a segura em pé, no máximo ajoelhado, com as duas mãos, já ligando um contra-ataque na reposição. Porque Fábio toma gols e comete falhas assim? Do que adianta enaltecermos um jogador da forma que se faz com o Fábio e simplesmente esquecer suas falhas? Ele é nosso goleiro, não nosso filho, que a gente passa a mão na cabeça. E olha que nem vou entrar no âmbito da falta de conquistas. Fato é que a meu respeito ele não tem mais. Chega. Chorem, contem pra ele se quiser. Pode até assumir as falhas e pedir desculpas – é o mínimo que faz – mas passar a mão na cabeça já não está dando mais.

Falando em mãos, quero deixar também minhas palmas para o trabalho de encenação que fez o Falcão das Alterosas, o craque Charles. Vaiado, diga-se merecidamente, já não é de hoje. Passes ridículos, erros infantis, entregadas ainda maiores e algumas pegadas mais fortes pelo meio campo. Essa tem sido a tônica do jogo de Charles, que protagonizou cena ridícula ao discutir com Celso Roth e clamar por mais vaias durante a partida.

Ele precisa entender que se foi vaiado, uma razão existe. Ou se isso for muito difícil, ficar quieto e jogar bola, o que não faz desde 2008. Em um time com outros nove volantes no elenco julgo não ser tão difícil tomar um bom chá de banco. É outro jogador que perde meu respeito, pois tem feito pouco para tê-lo.

E por falar em chá de banco, Wallyson parece não ter colocado muito açúcar no dele. Fico sem entender: como um jogador que fica excluído por tanto tempo, tem uma chance, joga um bom futebol e quando conta com tudo a seu favor para brilhar mais uma vez, chuta tudo para escanteio? Esse é o nosso atacante Wallyson.

De partida participativa e cheia de vontade contra o Palmeiras a uma atuação medrosa e escondida contra a Ponte. Escondida mesmo, porque era notável a forma como Wallyson se enfiava entre os zagueiros, parecendo não querer nada com seu instrumento de trabalho, a bola. Tímido, sem participação e vontade, não deu opção e errou demais, voltando a ser o Wallyson de sempre. Como disse talvez errado seja o torcedor, em acreditar demais, botar muita fé.

Então todo mundo é ruim, o time todo é um lixo? Não. Porém também não me passa credibilidade, não consegue ser regular o mínimo que se preze. E assim fica muito difícil lutar por algo sério no campeonato. Culpados são todos, do presidente de Elifoot Gilvan Tavares, do sem-norte Celso Roth, até os “fenômenos” que entram em campo. Eles que colocam o Cruzeiro nessa situação, é necessário que tirem.

Sem ilusão, já não me surpreendo mais a partir dessa última rodada. A verdade é que temos um time irregular, que vai ganhar algumas partidas e perder outras mais, seguindo sua constante montanha-russa de instabilidade. Sem passar a credibilidade de que quer ou é capaz de algo da grandeza do Cruzeiro. Mesmo de gosto amargo, é a realidade. Nessa toada, reveja suas expectativas ou apenas as confirme. Infelizmente ainda vamos terminar outros jogos do Cruzeiro mandando muita gente para a “Ponte que caiu…”.

[Rádio] Guerreiros em Debate: 06/08/2012

Foto: VipComm