INCAÍVEL (Sport 0 x 1 Cruzeiro – Campeonato Brasileiro 35ª rodada)


Salve, guerreiros!

Sim, o Cruzeiro continua no rol dos times que não conhecem rebaixamento! Apesar do título, não irei festejar a manutenção da escrita de nunca ter caído, pois brigar na parte debaixo da tabela, não é aceitável para um time que ostenta cinco estrelas, e por natureza, deveria sempre brilhar no azul do céu brasileiro. Como disse Henrique ontem ao final da partida, estamos todos aliviados, mas, não satisfeitos com a situação da Raposa no Campeonato Brasileiro, e por dois anos consecutivos. Seria chover no molhado dizer aqui que esperamos que a diretoria tenha aprendido com os erros, entretanto, o descrédito de GIlvan e companhia com este colunista é total. Vamos ao que interessa, a analise da partida desta quarta-feira (16/11).

O jogo

O Cruzeiro faz um primeiro tempo muito bom. Pressiona o Sport logo nos primeiros minutos criando algumas oportunidades de gol. O time pernambucano por sua vez, consegue equilibrar as ações, e depois de Willian perder ao menos duas chances claras, o Sport tem uma penalidade bem mandrake apontada a seu favor. Diego Souza na marca da cal, e Rafael no gol. Um ainda não havia perdido penalidades com a camisa do Rubro-negro do Recife, o outro, vem de uma sequencia muito boa ao enfrentar atacantes nesse tipo de cobrança, entretanto, a trave foi quem fez o serviço de salvar a meta celeste.

A bola então viaja por todo campo sendo jogada para escanteio a favor do time azul estrelado,  no rebote da defesa, Henrique acha o único espaço disponível no meio de cinco jogadores do Sport para fazer o gol da vitória que garantiu matematicamente a Raposa na Série A de dois mil e dezessete. No segundo tempo, como era de se esperar, o Leão da Ilha sai em busca do empate. O Cruzeiro desperdiça seguidos contra-ataques com um De Arrascaeta já extenuado em função da viagem para servir a seleção de seu país.  Mano Menezes lança o garoto Alex na esperança de refazer essa ligação, mas a mudança não surte muito efeito.

O Cruzeiro só cria oportunidades no final da partida após a entrada de Ramón Ábila no lugar de Willian que passou todo segundo tempo inoperante. Outro fator importante da partida foi o bom retorno de Ezequiel à lateral direita que marcou bem pelo setor e não comprometeu. Falando em Willian, ele fica com nosso Guerreiro de Lata, de novo, por mais uma vez ter perdido gols que levaram até o treinador à loucura (Mano não tem o direito de reclamar). Guerreiro de Ouro vai para o capitão Henrique, que tem muita identificação com a camisa, inclusive, estava presente na última vitória do Cruzeiro na Ilha do Retiro em dois mil e nove.

Restam ainda três rodadas, e mais nove pontos até poderiam fazer o Cruzeiro sonhar com uma vaga na Libertadores, mas, este colunista aqui não tem esperança alguma. Escolado com todas as oportunidades no ano em que o Cruzeiro teve de fazer bom papel, decepcionou. Acabou dois mil e dezesseis, e a esperança é de um ano melhor, entretanto, quando lembro que Gilvan tem mais um ano de mandato, até desanimo. A camisa e a torcida mantiveram esse time na primeira divisão. O único mérito da diretoria foi trazer Ábila e Sóbis no meio do ano, o que trouxe ao time qualidade suficiente para manter-se. Vamos ver agora como será um ano completo do Mano a frente do Cruzeiro, ver de verdade do que nosso treinador é feito, a começar pela montagem do elenco para a próxima temporada.

FICHA TÉCNICA
SPORT 0 X 1 CRUZEIRO

Local: Ilha do Retiro, Recife (PE)
Data-hora: 16/11/2016 – 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Auxiliares: Rodrigo F. Henrique Correa (Fifa-RJ) e Bruno Raphael Pires (Fifa-GO)
Público/Renda: 25.477 presentes/124.790,00
Cartões amarelos: Neto Moura e Ruiz (SPT). Marcos Vinícius e Rafael Sóbis (CRU)
Cartões vermelhos: Não houve.

Gols: Henrique, 42’/2ºT (0-1).

SPORT: Magrão, Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Ronaldo Alves e Renê; Rithely, Neto Moura (Ronaldo, 5’/2ºT), Diego Souza e Everton Felipe (Lenis, 25’/2ºT); Rogério e Ruiz (Túlio de Melo, 30’/2ºT) – Técnico: Daniel Paulista.

CRUZEIRO: Rafael; Lucas Romero, Leo, Manoel e Bryan; Henrique, Ariel Cabral, Marcos Vinícius (Alex, 13’/2ºT) e Arrascaeta (Ezequiel, 30’/2ºT); Rafael Sóbis e Willian (Ramón Ábila, 36’/2ºT) – Técnico: Mano Menezes.

São dois desafios agora: Enfrentar o bom time do Santos e conquistar pontos em casa, o que foi demasiado difícil nesse brasileiro. Até lá, China Azul. Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força.

Por: Álvaro Jr