Inacreditável Cruzeiro!


Missão ingrata ter que escrever agora, embora assunto não falte! Tem somente um culpado? Roger? Cuca? Pablo? Henrique? Prefiro não eleger alguém para Cristo, mas também não lavarei minhas mãos. Algumas coisas têm que serem faladas. Vamos por partes.

Foto: VipCommNão deu para entender o talRoger. De apresentações sensacionais até aqui, do mesmo nível de Montillo,desandou tudo na noite de ontem. Nãosomente ontem, que fique claro. Já no jogo de ida a coisa foi feia. Sendo expulso ele somente não fez mais feio que Cuca, que é assunto para daqui a pouco. Algo vergonhoso! Prejudicou diretamente o time, não apenas ficando com um a menos, como deixando Cuca sem opção para o ataque no segundo tempo.

Pablo e Henrique foram problemas só de uma ordem: a técnica. Titulares incontestáveis até aqui, principalmente o volante,tremeram. Distribuíram pipocas e não é exagero. Henrique não costuma pipocar, ésomente olhar o histórico dele tanto no Cruzeiro quanto no Figueirense que vocês verão. Pablo eu não conheço, mas tremeu também. Tremeram! Faltou Henrique ligando com Montillo e Pablo cobrindo, mas sem Wallysson ele não foi ninguém.

Já Cuca… ele escalou um time normal, sem surpresas, da maneira que eu penso que deve ser. Os desfalques foram sentidos e Cuca fez o que tinha que fazer, pelo menos para escalar o time. Farías e Ortigoza era também o que eu faria, até porque pensava numa postura diferente do Cruzeiro, onde a bola chegaria pelos dois lados, com Roger e Montillo abertos, suprindo as ausências dos velocistas. Mas não foi, e nesse ponto não vejo culpa de Cuca, que, coitado, tinha André Dias como opção. O que foi vergonhoso, e não me alongo nisso, foi sua atitude nos minutos finais. A agressão à Renteria tem que haver punição, multa ou o diabo a quatro.

O coletivo não existiu, por isso pautei mais a análise no individual. Desculpem-me algumas coisas que talvez estejam desconexas, mas é que não abro mão de escrever imediatamente após os jogos. Victorino e Gilberto foram os melhores em campo, de longe, tão de longe, que mal os outros jogadores o enxergam. Foram quilômetros de distância.

Realmente não dá para entender o que aconteceu. Passa desde soberba, e não somente do time, faço mea-culpa, até uma coisa que é quase metafísica, simplesmente não dá para entender. Eu pelo menos não consigo.

Mais uma vez ganhamos o quase. Esse foi nosso título. Não tem como não ficar latejando na cabeça a má fama de Cuca, mas isso é coisa que eu evito. É vida que segue e não tem tempo para ressaca, domingo tem final do mineirinho, que passa a ter importância apenas para não esfacelar um bom Cruzeiro para o campeonato Brasileiro. Tem outras coisas e é só maio. Futebol dá um trabalho… nessas horas então…

CRUZEIRO 0 X 2 ONCE CALDAS-COL

Data: 04/05/2011 (quarta-feira)
Motivo: jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
Árbitro: Antonio Arias (PAR)
Gols: Amaya, aos 21min; Dayro Moreno, aos 26 do segundo tempo
Público: 14.972 pagantes
Renda: R$ 353.780,00

Cruzeiro
Fábio; Pablo, Victorino, Gil e Gilberto; Marquinhos Paraná, Henrique (André Dias), Montillo e Roger; Farias (Everton) e Ortigoza (Dudu)
Técnico: Cuca

Once Caldas
Martínez; Calle, Amaya, Henríquez, Núñez; Mejía, Henao (Pajoy), Mirabaje (Cuero) e Carbonero; Dayro Moreno (Micolta) e Rentería
Técnico: Juan Carlos Osorio

Cartões amarelos: Farias, Roger (2) e Gil (Cruzeiro); Henríquez e Rentería (Once Caldas)
Cartões vermelhos: Roger (Cruzeiro) e Carbonero (Once Caldas)

Mauro Jr (@maurojuniorr), 19, é estudante de Ciências Sociais pela UFV e cruzeirense antes mesmo de ter alguma formação física, ainda dentro do útero. Escreve para sites na internet desde o ano de 2008, quando tinha apenas 16 anos. Considera a tática de um time primordial para o progresso e é disso que ele fala aqui no site Guerreiro dos Gramados.