Hora de lutar – junto com Kléber – para cima do Santos


Jogo em casa, em busca da arrancada no Brasileirão, contra um adversário tradicional e o técnico que fez historia no fantástico Cruzeiro de 2003. E mesmo com as declarações de Kléber, a torcida tem que estar DO QUE É NOSSO.
 
Há muito tempo não vejo o Cruzeiro com tantas chances de vencer o Santos e também o vitorioso Vanderlei Luxemburgo. Tudo bem que nosso time ainda não engrenou e vamos ter calafrios vendo Thiago Heleno tentando marcar o Madson ou o Kleber Pereira. Por outro lado, o time do Santos vem bastante remendado e o Cruzeiro, mesmo com os atletas vendidos, está tendo uma sequência de escalações do seu time-base. Estou confiante na vitória e na arrancada. A torcida vai ter papel fundamental, cobrando sempre, mas apoiando e incentivando.
 
Por falar em torcida, e como bem disse nosso amigo leitor “Karll” na minha coluna de sexta, 14/08 (desde já obrigado pelo comentário) eu escrevi aquela coluna sem ter ouvido a tal entrevista do Kléber em uma rádio. Ouvi um arquivo de áudio, prestei bastante atenção – inclusive nas perguntas – selecionei algumas frases do Gladiador, e faço meus comentários:
 
1- “o time perdeu um pouco o foco”. Apenas para citar dois exemplos: Ramires só falava de Benfica (não custa lembrar, a imprensa também só perguntava isso), e Ânderson não disputou a final da Libertadores, para mim ele fez foi birra, do tipo “se eu passei o semestre comendo banco, agora que precisam de mim também não vou jogar” (sem contar que foi a imprensa que provocou a tal briga dele com o Adílson).
 
2- “faltou alguém peitar os argentinos”. O time do Cruzeiro não é de dar porrada, é de antecipar jogadas e desarmar os adversários. Tinha que ter um jogador no estilo do volante Charles, que batia até na sombra sem que o juiz desse cartão vermelho.
 
3- “faltou um pouco mais de alguns jogadores, EU TAMBÉM” e “vontade de sair na porrada”. Primeiro, o RECONHECIMENTO de quem não fez uma grande partida na final, e depois a PROVA de que teve gente que não apenas jogou mal, mas jogou de forma APÁTICA, SEM BRIOS, SEM ALMA, a ponto de irritar aquele que sempre mostrou dedicação em campo.
 
Já vi e ouvi gente dizendo que “o Kléber abre a boca e o torcedor do Cruzeiro já acha que é verdade”. Eu não acho isso, penso que o torcedor guerreiro é muito inteligente para pensar uma coisa destas. Apenas para refrescar a memória, vejamos novamente a escalação do Cruzeiro na final da Libertadores: Fábio; Jonathan, Thiago Heleno, Leonardo Silva e Gerson Magrão; Henrique, Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner (Athirson); Kléber e Wellington Paulista (Thiago Ribeiro).
 
TORCEDOR, SEJA SINCERO: DESTES JOGADORES, QUAIS AQUELES FORAM REALMENTE DECISIVOS PARA O RESULTADO? Aposto que a maioria vai citar, PELO MENOS, um lateral, um zagueiro e um ou dois jogadores de meio de campo como os responsáveis. Os nomes, cada um tem o seu. Não vou ficar em cima do muro: para mim, Gérson Magrão, Thiago Heleno, Ramires e Wagner.
 
Por fim, o tal entrevistador ainda fala de “tom de despedida” do Gladiador. Pode até ser, porque se tem um jogador em Minas Gerais que merece jogar na Europa chama-se KLÉBER, e apenas ele. Podem juntar vinte Diego Tardelli e quarenta Éder Luís que, juntos, eles não dão conta de fazer nem a perna esquerda do Kléber. Aliás, estes dois jogadores, e outros “do lado seco da Lagoa da Pampulha” nunca dão entrevistas “em tom de despedida”, exatamente porque nenhum time importante da Europa quer contratá-los. Para os europeus, em Minas Gerais só existe o Cruzeiro. Eles acham que aqui existe um outro time chamado “Mineiro”.