Ganhos e perdas da entrada de Dagoberto e saída de Willian


Ganhos e perdas da entrada de Dagoberto e saída de Willian - Cruzeiro Esporte Clube - Foto: GloboEsporte.com

Marcelo Oliveira já havia confirmado o retorno de Dagoberto ao time titular antes mesmo de os médicos do Cruzeiro sugerirem ao treinador que, por cansaço muscular, Willian ficasse de fora do jogo.

E isso por um motivo óbvio: Dagoberto estraçalhou contra o Criciúma, e Willian caiu de rendimento nos últimos jogos.

Isso, claro, com a bola nos pés, atacando, porque sem ela, contra o Tigre, quem matou a pau, como de costume, foi Willian.

Dagoberto finge que acompanha a subida dos laterais. Willian, de fato, acompanha. Dagoberto normalmente só “trota” atrás do adversário. Willian se mata até alcançá-lo e marcá-lo.

Isso ficou muito claro contra o Criciúma, quando no terceiro gol da equipe catarinense, o lateral subiu em disparada enquanto Dagoberto dava uma corridinha atrás do sujeito. Willian, embora sem brilho nas jogadas de ataque, cumpriu muito bem o papel defensivo.

O que faz, então, surgir uma preocupação, já que não teremos o bigodudo contra o Santos: como fica a recomposição da marcação?

Marcelo Oliveira também manifestou preocupação. Ele reconheceu hoje, na coletiva, o melhor poder de recomposição de Willian.

Comemorou, na sequência, o retorno de Ricardo Goulart, em quem confia para compensar a ausência de Willian na marcação.

O problema é que Goulart faz bem a função defensiva no meio-campo, onde congestiona o setor e ajuda Everton Ribeiro e Lucas Silva no abafa à saída de bola adversária.

Não é a dele acompanhar as subidas dos laterais. Pela esquerda, esse papel restará mesmo a Dagoberto, o que – saibamos desde já – provavelmente não será tão bem feito assim.

O que resta, então? Resta o seu Egídio colaborar e não ter tarde de Jadílson, subindo e esquecendo de voltar.

Se for para ser assim, é melhor nem subir.