31 jul Foi um River que passou em minha vida (Cruzeiro 0 (2) x (4) 0 River Plate – Libertadores 8ª de final)
Salve, guerreiros!
Fomos eliminados da Libertadores 2019. Eu poderia colocar aqui as muitas justificativas para o Cruzeiro estar fora da maior competição de futebol das Américas, entretanto, vou preferir exaltar as características do time que avançou. O River jogou nessas 8ª de final como eu gostaria de ter visto o Cruzeiro jogar, um futebol ousado, sem medo, e com o time recheado de jogadores formados nas categorias de base do clube portenho. Isso mesmo, penso que o Cruzeiro está velho. Uma juventude, algo que o Mano Menezes abomina em utilizar, teria feito muito bem à Raposa. Remete-me a lembrança de nosso último Cruzeiro que dava gosto ver jogar, o de 2013/2014. Aquele time do Marcelo Oliveira tinha essa mescla necessária, só pra exemplificar, o jovem promissor Lucas Silva que jogava o fino da bola. Nesse elenco temos Ederson, Vinícius Popó, entre outros e nada de serem utilizados. Enfim, parabéns ao time que quis jogar, que não se intimidou mesmo em um Mineirão lotado e pulsante. O pragmatismo do Manobol dessa vez não funcionou.
O jogo
Foi um jogo até interessante. Apesar do domínio do River Plate na posse de bola no início, eles não conseguiam transformar essa posse em chances claras de gol. O time da casa foi quem teve as chances mais claras, mas, foram muito poucas. Na segunda etapa a Raposa equilibrou um pouco as ações, apesar da postura reativa, conseguiu encaixar alguns contra-golpes que levaram um certo perigo, mas, quase sempre esbarrou na má pontaria, ou nas mão do goleiro da seleção argentina.
Primeiro tempo
A partida já começa com contornos de dramaticidade. O River não respeita o Mineirão lotado e parte pra cima do Cruzeiro. A solida defesa celeste vai levando a melhor nos duelos e nas bolas aéreas, o que vai garantindo o zero no placar. O Cruzeiro chegou efetivamente em condição de abrir o placar apenas duas vezes no primeiro tempo, o que é muito pouco para um time jogando em casa. Não é à toa que está a seis partidas sem marcar gols.
Segundo tempo
Vem a segunda etapa e o Cruzeiro continua com a postura de reagir ao River que vai mantendo-se rondando o gol celeste. Dedé pelo alto e Fábio na meta e Orijuela (que partidaça do lateral) desarmando tudo na direita, curiosamente onde o River mais tentou entrar, vão garantindo os pênaltis. A diferença é que o contra-ataque celeste começou a encaixar, e a Raposa conseguiu chegar algumas vezes em condição de de abrir o marcador.
Os gols não vieram e as cobranças de penalidade viraram realidade. Henrique perde a primeira e David (não entendo como o Mano escala para cobrar um cara que não faz gols) perdem. O River foi perfeito, marcou as quatro, inclusive com um jogador de 22 anos. Usa a base, Mano! Guerreiro de ouro para Orijuela. O lateral desarmou até pensamento, e foi nossa válvula de escape durante todo segundo tempo. Guerreiro de lata para David. Entrou, nada fez e cobrou a la Diego Ribas sua penalidade.
Passa o River Plate. Avança pela ousadia, pelo futebol, pela vontade. Os “deuses da bola”, como costumam dizer, premiaram quem a tratou melhor. A Raposa fica pelo caminho, ao contrário do ano passado, de forma merecida. Agora é levantar a cabeça e buscar subir na tabela no Brasileiro. Mano tem se garantido no retrospecto dos últimos anos, mas, retrospecto não ganha jogo.
FICHA TÉCNICA:
CRUZEIRO 0 (2) X (4) 0 RIVER PLATE
Local: Estádio Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data: 30 de julho de 2019, Terça-feira
Horário: 19h15 (de Brasília)
CRUZEIRO – Fábio, Orejuella, Dedé, Léo, Egídio, Henrique, Lucas Romero, Thiago Neves, Marquinhos Gabriel (David), Ariel Cabral (Robinho) e Pedro Rocha (Fred).
Técnico: Mano Menezes.
RIVER PLATE: Armani; Montiel, Rojas, Lucas Martínez, Casco, Ponzio (Palacios), Enzo Perez, Carrascal, Igna (De La Cruz), Lucas Pratto (Matías Suárez)
Técnico: Marcelo Gallardo
Não tem moleza. A Raposa já enfrenta o Atlético MG no domingo pelo Brasileirão. A chance perfeita de começar a virada na competição. Até lá, China Azul!
Por: Álvaro Jr