Foco no projeto


Nas últimas semanas parte da imprensa nacional mostrou que neutralidade não é mais uma regra da Escola de Jornalismo. O tema Corinthians invadiu a tela dos principais programas da poderosa Rede Globo, e a final da Libertadores ganhou status de acontecimento do século. É claro que seria mentirosa se não admitisse uma forte inveja do “time dos manos”. No entanto, o foco dos meus pensamentos, no dia de ontem, foi transportado para uma noite fria de 2009.

O filme passou pelos meus olhos e a cada minuto a sensação de grito entalado parecia mais forte. Sabemos que o caminho para exorcizar aquela bruxa enterrada no Gigante da Pampulha é o título da competição.  Mas para chegar ao topo é importante – e imprescindível – que a diretoria realize um planejamento focado em títulos.

Até aqui, o nosso presidente tem mostrado indícios que esse projeto pode ser uma realidade. Nomes importantes têm sido anunciados e, esta semana, Borges foi tido como certo. Confesso que a possível chegada do jogador agitou os meus ânimos. Além dele, segundo informações, Martinuccio já está em Belo Horizonte e assinará contrato para a temporada. Caso essas duas contratações sejam realidades, o Cruzeiro fechará a temporada com sete novos guerreiros para o elenco celeste. Uma prova que as coisas podem ter realmente mudado na Toca da Raposa.

Porém é importante lembrar que alguns pontos precisam ser modificados e que Celso Roth terá muito trabalho para deixar o time com cara de campeão. Contra o São Paulo, a finalização e os apagões da defesa celeste tiraram a liderança das nossas mãos. No entanto, tenho observado uma evolução técnica no time e acredito que com reforços, podemos brigar pelas primeiras posições do Brasileiro. O campeonato é longo e é importante que o trabalho seja linear e as falhas corrigidas quando o tempo, ainda, é algo favorável.

Aos torcedores celestes resta acreditar e cobrar da diretoria – que tem mostrado claros sinais de competência – que o projeto seja uma realidade. E clamar que o título da Libertadores venha como uma forma de lavarmos nossa alma e de soltar aquele grito preso na garganta.